Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) -  (crédito:  Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que órgão promove uma "verdadeira ditadura"

crédito: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), comparou o órgão criado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para monitorar e combater fake news, com o “Big Brother” (Grande irmão), do livro de ficção “1984”, escrito por George Orwell em 1949.

 

Na obra que simula uma distopia, o grande irmão é o líder autoritário que monitora toda a população e todos os cantos públicos e privados por meio de câmaras. Nesse cenário, os moradores não poderiam contestar o sistema criado ou sofreriam represálias.

 

 

Eduardo Bolsonaro comparou a obra com o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE), inaugurado pelo ministro Alexandre de Moraes em março. Na ocasião, o parlamentar comenta uma notícia em que o magistrado estaria derrubando perfis de redes sociais a pedido do órgão, chefiado por ele mesmo.

 

“Gravíssimo! Um centro estatal que vigia cidadãos comuns e fornece informações a ELE para te punir a depender das opiniões. George Orwell ao escrever ainda em 1949 o livro "1984", como um profeta, descreveu um aparato tecnológico onde o Estado, apelidado de "Big Brother" (o Grande Irmão) conseguiria ver todas as atividades dos cidadãos”, frisou.

 

 

Segundo o deputado paulista, o CIEDDE transformou o grande irmão em realidade. “Se isto não é uma ditadura eu não sei o que é”, disse em publicação compartilhada duas vezes, uma em português e outra em inglês.

 

Segundo o TSE, o órgão funciona na sede do Tribunal e atua para promover a cooperação entre a Justiça Eleitoral, órgãos públicos e entidades privadas, em especial as plataformas de redes sociais. O objetivo é garantir o cumprimento das regras estabelecidas pelo TSE.

 

 

O órgão ainda conta com a participação da Procuradoria-Geral da República, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).