Barroso diz que risco à democracia era maior do que se pensava -  (crédito: EBC - Política)

Presidente do STF acompanhou a aplicação do Exame Nacional da Magistratura nesse domingo (14/4)

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O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, disse que as duras críticas do empresário Elon Musk à corte são um assunto “encerrado”. O magistrado esteve de passagem por Belo Horizonte para acompanhar a aplicação do Exame Nacional da Magistratura (Enama), nesse domingo (14/4), e afirmou que as leis brasileiras precisam ser respeitadas pelas plataformas que operam no país.

 

Elon Musk havia tecido críticas contra a atuação do STF, em especial do ministro Alexandre de Moraes, apontando um “abuso” do poder Judiciário em suspender perfis no X (ex-twitter). Musk também chamou o ministro de ditador, disse que a Corte descumpre as leis do país, e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era subordinado a Moraes.

 

 

“Esse assunto envolvendo o empresário de uma plataforma digital e a Justiça Brasileira eu considero encerrado. O Brasil tem Constituição, leis e ordens judiciais que se forem observados, ficará tudo bem. Se não forem observados, terão as consequências previstas. Portanto, esse passou a ser um não assunto”, disse o presidente do STF.

 

 

Barroso ainda apontou para uma “articulação global extremista”, que segundo ele teria o objetivo de descredibilizar as instituições democráticas.

 

“Esses ataques, muitas vezes, se escondem por trás da liberdade da expressão, quando, na verdade, estamos falando de um modelo de negócio que vive do engajamento, e o engajamento, que são os cliques, infelizmente, são mais motivados por ódio, mentira, ataques às instituições do que por um discurso racional e moderado”, frisou.

 

As críticas de Musk foram endossadas pela direita brasileira, em especial o núcleo alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O empresário até faria uma entrevista com o antigo mandatário, mas o evento virtual foi cancelado devido ao conflito entre Irã e Israel.