Governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) teve entreveros com a base bolsonaristas, principalmente ao apoiar a Reforma Tributária que foi aprovada no Congresso -  (crédito: Miguel SCHINCARIOL / AFP)

Tarcísio teria sido convidado junto com o ex-presidente Bolsonaro

crédito: Miguel SCHINCARIOL / AFP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), foram convidados para uma visita a Israel na próxima segunda-feira (18/3). A agenda ocorre no momento em que a relação diplomática entre os governos brasileiro e israelense passa por tensões.

 

Os governadores foram convidados pelo próprio primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), também recebeu o convite.

 

Já o mineiro Romeu Zema (Novo) teria recusado a viagem a Israel, diz a colunista. O Estado de Minas procurou o governo de Minas Gerais para um posicionamento sobre a agenda e o espaço está aberto para manifestações.

O convite aos governadores de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi feito por Netanyahu após o petista apontar para a suposta prática de genocidio na Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre as Forças Armadas de Israel e o grupo terrorista Hamas. O presidente brasileiro fez uma comparação com a operação militar com o Holocausto judeu, durante agenda na África, em fevereiro.

 

O mandatário isralense afirmou que Lula “cruzou uma linha vermelha” com os comentários e abriu uma crise diplomática entre os países. Desde então, o governo de Netanyahu promove uma série de ataques ao petista, principalmente pelas redes sociais do ministro das Relações Exteriores, Israel Katz.

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também afirmou que recebeu uma carta de Netanyahu com o convite para a visita. No entanto, o antigo mandatário está impedido de deixar o país por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A reportagem questionou os representantes do ex-presidente sobre uma possível liminar no STF para que Bolsonaro possa viajar até Israel, mas até o momento não houve retorno.