Lula conversou com Maduro sobre eleições durante encontro na Celac, na semana passada -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR - 30/05/2023)

Lula conversou com Maduro sobre eleições durante encontro na Celac, na semana passada

crédito: Ricardo Stuckert/PR - 30/05/2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou as eleições presidenciais na Venezuela, sugerindo que a principal candidata da oposição a Nicolás Maduro, impedida de participar do pleito, indique um outro candidato "ao invés de ficar chorando”. As declarações do petista foram dadas em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (6/3).

 

As eleições foram marcadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo governo de Nicolás Maduro, que confirmou a candidatura. No entanto, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela barrou uma eventual candidatura de Maria Corina Machado, principal liderança política da oposição.

O presidente brasileiro lembrou que em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o impediu de disputar as eleições contra Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o PT criticou a decisão como uma “cassação política baseada na mentira”. O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), foi o indicado de Lula para o pleito.

 

“Aqui, neste país, eu fui impedido de concorrer nas eleições de 2018. Ao invés de ficar chorando, eu indiquei um outro candidato que disputou as eleições. Na Venezuela, estão marcadas as eleições para o dia 28 de julho. Agora, a pergunta é se a eleição vai ser honesta ou não. Eu espero que as eleições sejam as mais democráticas possíveis", frisou Lula.

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Lula ainda afirmou que Maduro confirmou a presença de “observadores do mundo inteiro” para acompanhar o pleito. Os dois presidentes tiveram uma reunião durante a cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O petista disse que é preciso ter eleições para saber se elas foram democráticas ou não.

 

"A gente não pode já jogar dúvida antes de as eleições acontecerem. Porque aí começa a ter discurso de prever que vai ter problema. Nós temos que garantir a presunção de inocência até que haja as eleições para que a gente possa julgar se foi democrática, decente", completou o presidente.