FOLHAPRESS - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai se hospedar no Palácio dos Bandeirantes, a convite do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), para ir à manifestação que convocou no domingo (25/2), na Avenida Paulista.

 

Bolsonaro chegará no sábado (24/2) a São Paulo e deve reunir políticos aliados no Bandeirantes antes do ato.

 



 

O ex-presidente já ficou hospedado no Bandeirantes, sede do Governo de São Paulo, em ao menos outras três ocasiões, como quando esteve na capital paulista para uma cirurgia de correção de desvio de septo, em setembro do ano passado.

 

Leia também: PF: Anderson Torres 'respondeu serenamente a todas as perguntas', diz defesa

 

Aliado de Bolsonaro, Tarcísio é um dos três governadores que já confirmaram presença no ato, além de Jorginho Mello (PL-SC) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). O governador paulista deve ser um dos poucos a discursar no ato, segundo Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (21/2).

 

"A senhora Michelle [Bolsonaro] fazendo uma oração. Seria o governador Tarcísio, o próprio pastor Silas Malafaia e eu. A princípio apenas essas pessoas falarão. Qual o recado ali? Em defesa do Estado democrático de Direito, da nossa liberdade e um retrato para o Brasil e imagens para o mundo do que nós, de verde e amarelo, queremos: Deus, pátria, família e liberdade."

 

Segundo Fabio Wajngarten, advogado e ex-secretário de Bolsonaro, mais de cem deputados são esperados na avenida Paulista. Deputados bolsonaristas justificaram sua participação na manifestação afirmando que há uma perseguição contra o ex-presidente e que é preciso demonstrar apoio a ele neste momento.

 

No último dia 12, Bolsonaro gravou um vídeo chamando apoiadores para o ato, em meio às investigações da Polícia Federal que apontam a atuação do ex-mandatário no planejamento de um golpe de Estado para se manter no poder.

 

No vídeo, Bolsonaro pede aos apoiadores que não levem faixas e cartazes contra ninguém. "Nesse evento eu quero me defender de todas as acusações que têm sido imputadas à minha pessoa nos últimos meses", afirmou.

 

O pedido agora a apoiadores para que não levem faixas e cartazes no ato de 25 de fevereiro é uma estratégia para evitar a ampliação do acirramento com o STF (Supremo Tribunal Federal) e o ministro Alexandre de Moraes, que deve ser o principal alvo do ato e que preside inquéritos que podem levar Bolsonaro a novas condenações.

 

Caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa, o ex-presidente poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos.

 

Bolsonaro já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral e é alvo de diferentes outras investigações no STF. Neste momento, ele está inelegível ao menos até 2030.

compartilhe