Lula discursou como convidado durante o encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom) em Georgetown, capital da Guiana -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR)

Lula discursou como convidado durante o encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom) em Georgetown, capital da Guiana

crédito: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva questionou nesta quarta-feira (28/2) o gasto mundial com guerras e armamentos, e afirmou que "o genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade". Ele citou ainda a guerra entre Ucrânia e Rússia, defendendo que o conflito também tem impactos mundiais.

 

 

O chefe do Executivo discursou como convidado durante o encerramento da 46ª Cúpula de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom) em Georgetown, capital da Guiana.

 

"Não é possível que o mundo gaste US$ 2,2 trilhões por ano com armas. Todos sabemos que guerras provocam destruição, sofrimento e morte, sobretudo de civis inocentes", enfatizou o presidente. "O Brasil segue lutando pela paz mundial. Uma guerra na distante Ucrânia afeta todo o planeta, porque encarece o preço dos alimentos e dos fertilizantes", acrescentou.

 

O petista desembarcou na Guiana no início da tarde, e foi recebido pelos líderes que participam do encontro. O Brasil não faz parte da Caricom, formada por 15 países caribenhos, mas integra junto com eles o grupo expandido Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

 

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'Genocídio questiona senso de humanidade'

 

Em sua fala a favor da paz, o presidente voltou a criticar em tom duro, mas sem citar o governo israelense, o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza. "Um genocídio na Faixa de Gaza afeta toda a humanidade, porque questiona o nosso próprio senso de humanidade e confirma, uma vez mais, a opção preferencial pelos gastos militares em vez do investimento no combate à fome na Palestina, na África, na América do Sul ou no Caribe", destacou Lula.

 

O presidente fica na Guiana até esta quinta-feira (29/2), quando embarca para Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, para participar de cúpula da Celac.