O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin; presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes -  (crédito:  Jefferson Rudy/Agência Senado)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG); vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin; presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes

crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado

BRASÍLIA. Depois de confirmar presença no evento que marcou 1 ano dos ataques contra os Três Poderes em Brasília, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), desistiu de participar do ato que contava com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Chamado de “Democracia Inabalada”, o evento contou com a presença de parlamentares, ministros da Suprema Corte, ministros do governo e governadores.

Entre os mineiros presentes, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), o presidente da ALMG, Tadeu Martins (MDB) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Zema bateu o martelo sobre vir ao evento por volta das 8h desta segunda. Porém, depois de ser atacado nas redes sociais, desistiu de participar do evento. Isso porque o governador teria sido “desaconselhado” a posar ao lado do presidente Lula.

De acordo com interlocutores, Zema e Lula não têm diálogo. Porém, a vinda do governador a Brasília sinalizaria um dos primeiros passos para uma conversa.

No ano passado, ainda em outubro, o mineiro entregou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) o Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Depois de intensos debates e de uma acalorada discussão, nem mesmo a base do governo aceitou o plano. Por isso, foi preciso desacelerar as votações e aguardar uma nova solução e uma sinalização do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito do prazo para ingresso ao RRF.

Com isso, o senador e presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), entrou em cena. Com um plano escrito por ele e apoiado pelo presidente, o senador conseguiu protagonismo no debate. A ideia de Pacheco é federalizar estatais - Codemig, Cemig e Copasa - fazendo assim parte da dívida ser paga.

Para voltar a ser o centro dos debates, Zema precisava de Lula ao seu lado. Já que, para o plano de Pacheco ser aceito, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente precisam dar sinal verde.

Zema esteve em Brasília no final do ano passado. Na época, participou de uma reunião com o ministro Haddad, mas ao sair da sala, não demonstrou nenhum tipo de aliança com o governo.

O governador de Minas já fez intensas críticas a Lula. Entre elas, disse que “jamais votaria em alguém que fosse presidiário”. No segundo turno das eleições presidenciais, Zema ainda apoiou Jair Bolsonaro (PL).

Foram os apoiadores do ex-presidente que invadiram o Congresso Nacional e vandalizaram as três sedes dos poderes, símbolos da democracia. Hoje, completa-se 1 ano desde os ataques golpistas.