A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, elogiou Janja pela entrevista concedida ao jornal O Globo, neste domingo (5/11). Segundo a parlamentar, a primeira-dama é uma mulher “altiva, verdadeira e corajosa”, que enfrenta os preconceitos na política e na vida.

 

“Janja enfrenta os preconceitos e assume suas posições na política e na vida. Ao mesmo tempo, expõe as barreiras que nós, mulheres, temos de superar todos os dias. Ainda há muito a conquistar, e pessoas como a Janja nos ajudam”, disse Gleisi Hoffmann.



Na entrevista, Janja citou Gleisi como uma das mulheres com quem conversa sobre a presença feminina na política. “"É necessário discutir a participação feminina no Congresso. O Brasil está em penúltimo lugar na América Latina e no Caribe em número de mulheres no Parlamento. Isso é vergonhoso. Precisamos ter 50% de cadeiras. A cota de 30% (de candidaturas) não está adiantando”, disse Janja.

 

A primeira-dama também ressaltou que tem “debates fortes” com o presidente Lula (PT) ao defender a maior participação feminina no governo. “Passamos (ela e o presidente) os fins de semana a sós e conversamos muito. Às vezes, a gente tem umas discussões um pouco mais... fortes. Mas é isso. Tivemos perdas (de mulheres) no governo. Faz parte", pontuou.

 

Desde que o petista retornou ao Palácio do Planalto, ele precisou fazer mudanças na Esplanada do Ministério para acomodar partidos do centrão em troca de uma governabilidade mais confortável na Câmara. Lula já trocou duas mulheres por parlamentares homens.

 

Com pouco mais de sete meses de governo, o presidente havia feito a primeira troca na Esplanada dos Ministérios, entregando o cargo de Daniela Carneiro no Turismo para o deputado federal Celso Sabino (União-PA). Já em setembro, Lula demitiu a campeã olímpica Ana Moser do Ministério do Esporte para abrigar o deputado federal André Fufuca (PP-MA).

 

Já no último mês, o governo precisou trocar a presidência da Caixa Econômica Federal, antes ocupada por Rita Serrano, para Carlos Vieira, aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Apesar de não ser um ministério, os recursos que o banco estatal emprega em obras e programas sociais são alvo de cobiça dos parlamentares.

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