No julgamento, a Justiça Militar entendeu que as ofensas proferidas por Adriano atingiram a imagem do comando, generais e do Exército em si -  (crédito: Reprodução)

No julgamento, a Justiça Militar entendeu que as ofensas proferidas por Adriano atingiram a imagem do comando, generais e do Exército em si

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O coronel da reserva Adriano Camargo Testoni foi condenado, nesta quinta-feira (23/11), pela 1ª instância da Justiça Militar por injúria. Em vídeo gravado no 8 de janeiro deste ano, em Brasília, ele ofendeu colegas das Forças Armadas.

As imagens foram gravadas quando as sedes dos Três Poderes estavam sendo atacadas por extremistas. O militar foi demitido pelo Exército logo após o ocorrido. Na ocasião, ele prestava serviço no Hospital das Forças Armadas. As imagens circularam nas redes sociais.
“Vergonha de ter passado 35 anos na caserna e ver agora o povo ser achincalhado, bombardeado; e os filhos da p** da nossa Força devem estar com o c* tomando uísque em casa no domingo”, disse ele. Em um vídeo posterior, ele pediu desculpas e disse que "agiu no calor do momento".

No julgamento, a Justiça Militar entendeu que as ofensas atingiram a imagem do comando, generais e do Exército em si. “As expressões dirigidas aos mencionados Oficiais Generais se resumem a palavras de baixo calão, intercalados por ofensas ao Alto Comando do Exército e pronunciamentos generalizados acerca do descontentamento da posição tomada (ou não tomada) pelo Exército”, destaca um trecho da decisão.

“As declarações do réu demonstram que estava ciente do que estava fazendo, muito embora assegure que saiu de si em razão da situação de sua esposa”, descreve a sentença.

No processo, Adriano afirmou que houve reação após a Polícia Militar reprimir o movimento. Cabe recurso da decisão ao Superior Tribunal Militar (STM).