Prefeito do Rio quer internação compulsória de usuários de drogas
Eduardo Paes informou que a proposta será elaborada pelo secretário de Saúde Daniel Soranz. Política já foi empregada na primeira gestão de Paes, mas suspensa pelo MPRJ
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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), informou, nesta terça-feira (21/11), que pediu ao secretário municipal de Saúde do município, Daniel Soranz, para elaborar uma proposta para internação compulsória para usuários de drogas nas ruas da cidade. A política já foi empregada pelo prefeito em sua primeira gestão (2009-2012). A medida foi suspensa após uma ação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Em redes sociais, Paes disse que é inadmissível que diferentes áreas da cidade fiquem com usuários de drogas que não aceitam "qualquer tipo de acolhimento" e que, "mesmo abordadas em diferentes oportunidades pelas equipes da prefeitura e autoridades policiais, acabem cometendo crimes".
"Não podemos generalizar mas as amarras impostas às autoridades públicas para combater o caos que vemos nas ruas da cidade demandam instrumentos efetivos para se evitar que essa rotina prossiga", escreveu o prefeito do Rio de Janeiro.
Já determinei ao Secretário @danielsoranz que prepare proposta para que possamos implantar no Rio a internação compulsória de usuários de drogas. Não é mais admissível que diferentes áreas de nossa cidade fiquem com pessoas nas ruas que não aceitam qualquer tipo de acolhimento e…
— Eduardo Paes (@eduardopaes) November 21, 2023
O secretário Daniel Soranz disse ao portal g1 que a ideia é que sejam realizadas internações por um curto tempo, com o objetivo de iniciar o tratamento de pacientes em situação grave e que não têm condições de responder pelos próprios atos.
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Ele também disse que o objetivo é reduzir a mortalidade de uma população que, conforme o secretário, tem uma expectativa de vida muito baixa, e frear o crescimento de pessoas nesta situação. “Uma coisa é a população de rua, pessoas que têm o direito de ir e vir. Outra coisa é o paciente que vai morrer se não cuidarmos. Pessoas que são zumbis andando pelas ruas e que, uma hora ou outra, morrem de overdose ou atropelamento, por exemplo”, disse.