Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília -  (crédito:  Marcos Oliveira/Agência Senado)

Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília

crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado

O governo quer aproveitar a semana cheia em Brasília para discutir a reforma tributária na Câmara, e, de quebra, colocar para caminhar a Medida Provisória 1.185. Justamente a que trata da cobrança de impostos federais de empresas que recebem benefícios de ICMS.

Partido, não dá

Alguns líderes fizeram as contas e perceberam que as emendas orçamentárias de partidos políticos dariam mais poder aos presidentes das agremiações, que hoje controlam o fundo partidário e o fundo eleitoral. Isso tiraria o poder do presidente da Câmara, Arthur Lira, e dos líderes partidários, que hoje dominam as emendas.

Por falar em Lira...

O presidente da Câmara está tão ligado ao governo que tem gente apostando que, se brincar, seus aliados levam mais um ministério mais à frente. Isso é um assunto para depois das eleições municipais.

Sempre pode piorar

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira, e o deputado Evair de Mello (PP-ES), apresentaram, um no Senado e outro na Câmara, propostas de decreto legislativo no sentido de retomar o trabalho aos domingos mediante acordo entre as partes. Se aprovado, revogará a portaria do Ministério do Trabalho, que remete esses casos de trabalho aos domingos à autorização prévia em sindicatos, com acordos coletivos. A ideia é tentar votar esta semana. Falta combinar com os aliados do governo e os líderes a serem ouvidos nesta segunda-feira. Lira tende a colocar essa bola no chão, ou seja, deixa correr o jogo, mas dando ao governo a chance de se organizar para essa batalha.

Desoneração

Só tem um probleminha: Se houver o veto total da proposta de desoneração da folha de pagamentos aprovada no Parlamento, a campanha para aprovar esse decreto num susto aumenta. É que a avaliação dos parlamentares é a de que o mercado já precificou essa desoneração, mas não a interferência dos sindicatos no trabalho aos domingos.

Números

Na semana anterior ao recesso desta semana, o deputado Evair de Melo aprovou 56 pedidos nas comissões da Casa, entre convocações e convites a ministros e requerimentos de informações. Significa que o ministro da Justiça, Flávio Dino; a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o da Casa Civil, Rui Costa e outros não encerraram as maratonas de audiências deste ano.

Dilma

Os integrantes do governo e de fora dele estão atentos ao discurso que a ex-presidente Dilma Rousseff fará no Conselho de Segurança da ONU nesta segunda-feira. Ela será levada pela China, que agora preside o Conselho. Em seu primeiro discurso, em 2011, a então presidente defendeu o ingresso pleno da Palestina na ONU. Hoje, a Palestina é um estado observador.