Gestão de Fuad Noman na PBH é ótima ou boa para 37% dos entrevistados -  (crédito: RAMON LISBOA/EM/D.A.PRESS)

Gestão de Fuad Noman na PBH é ótima ou boa para 37% dos entrevistados

crédito: RAMON LISBOA/EM/D.A.PRESS

A gestão de Fuad Noman (PSD) à frente da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) é apontada como ótima ou boa por 37% da população da capital mineira e regular, com viés positivo, por outros 23% dos respondentes. Os dados são de um levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Doxa entre 21 e 23 de outubro com aplicação de questionários a 1.350 moradores da cidade.

De acordo com a pesquisa, publicada com exclusividade pelo Estado de Minas, outros 36% consideram a gestão de Fuad regular, sendo 23% com viés positivo e 13% negativo; 12% apontam o governo como péssimo; e 16% não souberam ou não quiseram responder. A pesquisa dividiu as pesquisas igualmente pelas nove regionais de BH e corrigida de acordo com a proporção de cada uma das divisões na população da capital. A margem de erro é 2,8 pontos percentuais.

O economista e diretor do Doxa, Manoel Vilas Boas, destaca que a avaliação do chefe do Executivo de BH está correlacionada também à ordem das perguntas feitas na pesquisa. O levantamento também mostrou que, em uma questão espontânea, sem alternativas elencadas, só 22% das pessoas responderam “Fuad Noman” ao enunciado “pelo que sabe ou ouviu falar, qual o nome do prefeito de Belo Horizonte?”. Alexandre Kalil (PSD) foi citado por 9% dos respondentes e 67% disse não saber o nome do mandatário.

“A primeira pergunta do questionário foi para saber se a pessoa saberia dizer o nome do prefeito de BH e apenas 22% citaram espontaneamente o Fuad. O grau de desinformação é muito grande. Se perguntássemos sobre a avaliação do antes, talvez o grau de ‘não resposta’ fosse maior”, aponta.

Ainda assim, mesmo com o desconhecimento da maior parte da população, o economista acredita que a avaliação positiva do governo de Fuad sinaliza para um provável crescimento das chances de reeleição com o benefício da visibilidade atingida na campanha eleitoral antes do pleito de 2024.

“A perspectiva de reeleição se dá em função da avaliação do governo. As pessoas costumam pensar, ‘por que mudar o que está dando certo?’. Neste momento o desconhecimento tem um peso muito grande, mas, no decorrer da campanha, se essa boa avaliação for mantida, ela vai ser atrelada ao prefeito. A disputa hoje está completamente aberta e quem puxa o quadro são jornalistas e comentaristas de televisão, pessoas que a população conhece por estarem sempre expostos, condição que se iguala durante uma campanha eleitoral”, afirma Vilas Boas, que relembra os possíveis candidatos Carlos Viana (Podemos), Eduardo Costa (Cidadania) e Mauro Tramonte (Republicanos).

Para o pesquisador, o cenário atual se assemelha a outra situação ocorrida em BH no início do século. Fuad assumiu a prefeitura em março do ano passado, quando Kalil deixou o posto para concorrer ao governo estadual. Em novembro de 2021, o recém-reeleito Célio de Castro (PT) se afastou do cargo por problemas de saúde e deu lugar a seu vice, Fernando Pimentel (PT). Em abril de 2002, pesquisa feita pelo Doxa mostrou que apenas 17% dos moradores da capital sabiam o nome do prefeito. O índice subiu para 31% em agosto. Mesmo não sendo conhecido pela maior parte da população, seu governo era bem avaliado, e o petista foi reconduzido ao cargo em 2004.