Jornalista Jorge Pontual afirmou se arrepender de não deixar claro que condena a morte de inocentes palestinos em ataques de Israel na Faixa de Gaza -  (crédito: Reprodução/GloboNews)

Jornalista Jorge Pontual afirmou se arrepender de não deixar claro que condena a morte de inocentes palestinos em ataques de Israel na Faixa de Gaza

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O jornalista Jorge Pontual foi às suas redes sociais pedir desculpas por sua fala realizada durante o Em Pauta, da GloboNews, nessa sexta-feira (3/11). Na oportunidade, ele argumentou que o governo de Israel tem o direito de atacar ambulâncias que levavam feridos por supostamente haver membros do Hamas nos veículos.

"Ao comentar o ataque a uma ambulância na Faixa de Gaza, minha intenção foi a de dar a versão de Israel. Admito que não fui feliz, pois a muitos pareceu um endosso. Isso seria impossível, ninguém tem informações seguras sobre o que lá se passa. De certo, apenas um fato: os palestinos de Gaza vivem uma tragédia, com muitas perdas civis, que lamento profundamente. Peço desculpas por não ter deixado isso claro", afirmou o jornalista marcando o ministro-chefe de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT-RS).

Pimenta classificou a fala de Pontual de inaceitável e vergonhosa. "Uma coisa é condenar os atos terroristas, a morte e os sequestros de civis israelenses, outra é justificar a barbáries, o genocídio e a morte indiscriminada de milhares de crianças e inocentes palestinos", escreveu em suas redes sociais.

Na sexta-feira, durante o programa, Pontual afirmou que "atacar terroristas do Hamas é um direito que Israel tem. Se eles estavam nas ambulâncias, infelizmente era isso que Israel tinha que fazer, alvejar seus inimigos. Estavam em um comboio de ambulâncias, ai morreram pessoas que estavam perto".

O Hamas nega que esteja usando hospitais como base para suas ações. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que o ataque deixou 15 mortos e 60 feridos. As ambulâncias haviam deixado o hospital Al-Shifa em direção ao Egito para que pessoas gravemente feridas recebessem atendimento médico necessário.

Diferentemente do que Pontual disse, a Convenção de Genebra de 1949 proíbe que ataques contra hospitais civis e veículos hospitalares sejam feitos. Dois anos depois, Israel se comprometeu a respeitar o acordo.