CONFRONTO NO RIO

Mais da metade dos corpos de mortos em operação no Rio passou por perícia no IML

Parentes dos mortos aguardam pela liberação dos corpos no IML localizado no Centro do Rio. Pelo menos 80 já teriam passado por necropsia

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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro afirmou nesta quinta-feira (30/10) que 80 corpos dos mortos na Operação Contenção, contra o Comando Vermelho, já passaram por necropsia desde que eles começaram a chegar no instituto.

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O número significa mais da metade dos corpos contabilizados oficialmente pelo governo estadual, que aponta 121 mortes.

Até a noite de quarta (29), seis corpos haviam sido liberados para os sepultamentos. A Polícia Civil afirmou que ainda não há informações sobre o número de identificados. A necropsia é feita pela Polícia Civil. Técnicos enviados pelo Ministério Público também acompanham a perícia de maneira independente.

Um posto do Detran (Departamento de Trânsito), no centro do Rio e ao lado do IML, foi colocado como ponto de triagem para as famílias. Os parentes chegam, cadastram as informações pessoais dos mortos e recebem uma senha antes de fazer o reconhecimento.

Alguns deles têm reclamado da demora para a liberação. "Eu tenho medo do corpo do meu filho entrar em decomposição. Eu já vi o corpo dele por fotos, mas queria logo reconhecer. Estou confusa porque nossa senha é 96, mas antes chamaram as senhas 101 e 105. Não estamos entendendo", afirmou Fabiana Martins, mãe de Fabian Alves Martins, um dos mortos na operação.

A família de Fabian é de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. O IML do centro foi destacado para o recebimento dos corpos da operação. Os demais casos que não envolvem a ação foram deslocados para o IML de Niterói, na Região Metropolitana.

Parentes, principalmente mães, enfrentaram peregrinação no reconhecimento dos corpos após a operação policial da última terça-feira (28).

Em comum, havia a reclamação de supostas irregularidades da polícia, como a falta de socorro aos baleados.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou em entrevista nessa quarta-feira que, na ausência de perícia, as autoridades utilizam "todo o contexto" para afirmar que os civis mortos eram envolvidos com o tráfico de drogas nos complexos do Alemão e da Penha.

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Segundo Santos, o governo estadual se baseia em informações como o horário em que ocorreram as mortes, os locais onde as pessoas estavam e as roupas que elas usavam para chegar a essa conclusão.

"Claro que a gente vai fazer a pesquisa, mas não é um fato se, eventualmente, algum deles não tiver antecedentes criminais, se tornar vítima ou inocente. A história do Rio de Janeiro já mostrou que criminosos, apesar de vasta vida criminosa, não tem antecedentes", afirmou o secretário.

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