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Promessa de cura e milagre: pastor famoso é investigado por lucrar milhões com orações pagas

De acordo com um levantamento feito pelo Ministério Público, o esquema movimentou pelo menos R$ 3 milhões

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O pastor Luiz Henrique dos Santos Ferreira, o "Profeta Henrique Santini", conhecido nas redes sociais por divulgar promessas de milagres a seguidores, está sendo alvo de uma operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público. Ele é investigado por suspeitas de lavagem de dinheiro, estelionato, charlatanismo e associação criminosa.

Investigações apontam que ele construiu escritórios de telemarketing nas cidades de Niterói (RJ) e São Gonçalo (RJ). O objetivo, segundo a polícia, era arrecadar dinheiro de fiéis por meio de ligações telefônicas.

De acordo com um levantamento feito pelo Ministério Público, o esquema movimentou R$ 3,3 milhões.

Ao todo, o MPRJ denunciou 23 pessoas envolvidas no "call center espiritual". Elas responderão pelos crimes de estelionato, associação criminosa, charlatanismo, falsa identidade, crime contra a economia popular, curandeirismo, corrupção de menores e lavagem de dinheiro.

Como funcionava o esquema?

Cerca de 70 atendentes foram contratados por meio de anúncios em plataforma on-line de vendas. Os selecionados eram orientados a se passarem pelo líder religioso durante atendimentos via WhatsApp.

Durante as conversas com as vítimas, os atendentes simulavam ser o pastor, usando áudios previamente gravados com promessas de curas e milagres, que seriam dadas aos fiéis mediante o pagamento via pix.

Os valores cobrados variavam entre R$ 1,5 e R$ 20 mil, conforme o "tipo de oração" oferecida. O grupo utilizava de uma rede de contas bancárias registradas em nome de terceiros, dificultando o rastreamento das movimentações financeiras.

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Os atendentes recebiam comissões de acordo com o quanto arrecadavam por semana e tinham que cumprir metas bem rígidas. Quem não atingia o mínimo exigido era demitido.

A investigação

A investigação começou em fevereiro deste ano, quando a polícia descobriu um call center com 42 pessoas atendendo online. No local, foram apreendidos 52 celulares, 6 notebooks e 149 chips de celular pré-pagos. A análise desse material mostrou que o grupo agia de forma organizada e já tinha feito milhares de vítimas em todo o Brasil.

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