PF prende influenciador que colocou falsa bomba em aeroporto
O advogado do preso afirma que a atitude do jovem foi imatura e influenciada pelo ambiente digital
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A Polícia Federal prendeu o homem apontado como responsável por colocar uma falsa bomba no aeroporto de Porto Velho (RO) na noite de quinta-feira (14/8). O suspeito entrou no terminal de passageiros com uma bolsa, ficou quatro minutos no local, fez uma selfie com a bolsa e foi embora deixando o item perto da cadeira. (veja o vídeo abaixo)
O aeroporto foi evacuado e, após cerca de cinco horas de análises, o artefato foi detonado pela Polícia Militar de Rondônia em uma operação do esquadrão antibombas. A perícia identificou que se tratava de uma bomba falsa.
O suspeito é um influenciador digital de Porto Velho que tem gerado incômodos em estabelcimentos comerciais da cidade. Recentemente ele entrou no chafariz do shopping e foi repreendido por seguranças.
A defesa do preso afirma que a conduta do jovem ao colocar a falsa bomba no aeroporto foi imatura e influenciada pelo ambiente digital.
Após a ocorrência, comandante da Polícia Militar no estado de Rondônia, coronel Regis Wellington Braguin Silvério afirmou que foram realizadas diligências nos endereços ligados ao suspeito na manhã de sexta-feira e ele não havia sido encontrado.
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Em nota a Polícia Federal informou que após a prisão, foram adotados os trâmites legais e o detido foi encaminhado à unidade prisional da capital, onde permanecerá à disposição da Justiça. "As investigações prosseguem com a coleta de elementos informativos de autoria e materialidade, visando garantir a segurança aeroportuária e a proteção da sociedade", informou a PF.
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O advogado do preso emitiu nota informando que na sexta-feira (15/8) o suspeito se apresentou à Polícia Federal, mas foi liberado sem prestar depoimento. Ele argumentou ainda que o suspeito atuou sozinho e a prática não configura ato terrorista e não gerou prejuízos concretos para aviação, uma vez que nenhum voo foi suspenso.
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"O ato, embora equivocado e imaturo, foi praticado de forma isolada, sem apoio de terceiros, sem intenção criminosa e sem dolo de causar pânico. A defesa reafirma que Carlos Eduardo é primário, não integra qualquer grupo criminoso e jamais poderia ser tratado como terrorista. O que ocorreu foi um ato irresponsável de um jovem influenciado pelo ambiente digital, que não pode ser transformado em crime de maior gravidade por um tratamento policial exacerbado", diz a nota da defesa.