Resolução detalha avaliação para porte de arma -  (crédito:  Arquivo/Agência Brasil)

Legítima defesa: atirador alega ter sido alvo de um golpe mata-leão

crédito: Arquivo/Agência Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um policial militar aposentado matou um morador de Poá, na região metropolitana de São Paulo, após uma discussão causada por um acidente de trânsito. O caso ocorreu na noite desta sexta-feira (8) e está sendo investigado, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

 

O autor dos disparos, Edegar dos Santos Filho, de 56 anos, prestou depoimento e foi liberado. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele.

 

A vítima, Diego Cardoso de Almeida, de 35, morreu no hospital depois de uma tentativa de cirurgia para tirar a bala de seu abdômen.

 

Segundo o boletim de ocorrência, Edegar trafegava pela avenida Adhemar de Barros, no Bairro Vila Anchieta, quando colidiu com um Gol parado na via. Eram por volta das 22h.

 

Em seguida, ainda de acordo com o BO, ele foi cercado pelo dono do veículo, que estava acompanhado por seus dois filhos, entre eles Diego.


 

O pai de Diego e seus familiares disseram que o policial aposentado estava embriagado e, por isso, violento. Após a abordagem, Edegar teria iniciado uma discussão, sacado uma pistola e atirado uma vez contra Diego.

 

A polícia negou ter identificado sinal de consumo de álcool por parte do atirador.

 

Relato de agressão

 

Já o PM aposentado afirmou ter sido rodeado, xingado e agredido pelos três outros homens. Ele acrescentou ter tentado chamar por telefone uma viatura, quando um dos envolvidos tomou seu celular. Edegar disse que foi alvo de um golpe mata-leão e, então, sacou a arma atirou.

 

Diego não seria seu alvo e teria sido atingido por acaso. A vítima deixa esposa e dois filhos.

 

A versão de Edegar foi ratificada pelos dois PMs que atenderam a ocorrência. De acordo com eles, o homem agiu em legítima defesa.

 

Familiares de Diego declararam à Folha estarem destruídos após o ocorrido. "Ele atirou, saiu do local e não socorreu. Essa é a verdade. Queremos Justiça", diz Marcia Almeida, prima dele.

 

O caso foi registrado como lesão corporal, contravenção penal, morte suspeita e tentativa de homicídio. A investigação está sob responsabilidade da Delegacia de Poá.