A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um alerta na noite desta terça-feira (6) sobre o aumento de casos de dengue no país. Em pronunciamento nacional, ela afirmou que a situação de emergência exige uma mobilização de toda a população, além de governo federal, governadores e prefeitos.

"Várias cidades brasileiras estão enfrentando situação de emergência devido ao grande aumento dos casos de dengue", disse a ministra. "Este é o momento de intensificar os cuidados e a prevenção. Agora é hora de todo o Brasil se unir contra a dengue."

Ao menos 36 pessoas morreram em decorrência da doença neste ano, conforme dados do Ministério da Saúde. Em todo o país, foram confirmados mais de 150 mil casos até esta terça.

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Segundo Trindade, um Centro de Operações de Emergências foi montado para analisar diariamente a evolução dos casos e mobilizar as ações de todos os órgãos.

À população, ela pediu o que está na cartilha do combate à doença: tampar as caixas d'água, descartar o lixo corretamente, manter as vasilhas de água dos animais sempre limpas, guardar garrafas e pneus em locais cobertos, além de retirar água acumulada dos vasos e plantas.



"Precisamos redobrar os cuidados com as nossas casas e em volta delas. Cerca de 75% dos focos estão dentro de casa", disse, lembrando que as pessoas devem receber em suas casas os agentes de combate às endemias.

A ministra ressaltou ainda que neste ano há uma diferença no enfrentamento aos surtos de dengue --a vacina Qdenga, fabricada pela farmacêutica Takeda. A previsão do governo é vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas em 2024, começando pela faixa etária de 10 a 14 anos. O esquema vacinal será composto por duas doses, que serão aplicadas em um intervalo de três meses.

O Brasil, disse Trindade, é o primeiro país a incorporar ao sistema público de saúde (SUS) uma vacina para dengue. A vacinação, segundo a ministra, se dará de forma progressiva, dado o número limitado de doses produzidas pelo laboratório fabricante. O início está previsto para este mês.

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Apenas alguns municípios receberão a vacina inicialmente e, dentro deles, serão imunizadas as crianças entre 10 e 14 anos. No pronunciamento, a ministra afirmou que os critérios para a escolha foram baseados na incidência da doença e definidos pela pasta e pelos conselhos nacionais de secretários de saúde de estados e municípios.

São Paulo, por exemplo, não está entre as cidades que integram a lista prioritária. O secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, afirmou nesta terça que oficiará pela segunda vez o Ministério da Saúde para solicitar que a capital paulista receba as doses da vacina.

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