Beatriz de Almeida Matos, viúva do indigenista Bruno Pereira, assassinado em junho de 2022, juntamente com o jornalista britânico Dom Phillips, no Vale do Javari, no Amazonas, lançou uma campanha para arrecadar fundos para o tratamento do filho do casal, Pedro, de cinco anos, que tem um câncer agressivo. A família precisa arrecadar R$ 2 milhões para o tratamento com uma medicação cara, que não é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e precisa ser importada.

 



 

Pedro foi diagnosticado ano passado com neuroblastoma grau quatro, um dos tumores mais raros e malignos da infância. “Aos cinco anos, depois de cinco meses fazendo quimioterapia em hospital público, a luta do Pedro é para que o câncer não se espalhe. Isso pode ser evitado com um medicamento caríssimo (betadinutuximabe), que tem que ser importado e não é oferecido pelo SUS”, diz o texto da campanha de arrecadação. As doações podem ser feitas via cartão ou por Pix.


O medicamento que a família precisa adquirir é novo no mercado e, no Brasil, sua venda foi regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril de 2021. Segundo a Anvisa, ele é usado especialmente para o tratamento do neuroblastoma, “uma doença principalmente pediátrica que atualmente representa a terceira forma mais comum de câncer infantil, depois da leucemia e tumores cerebrais, e é o tumor sólido extracraniano mais comum dentre a população pediátrica, representando 8% a 10% de todos os tumores infantis”. 


“Colabore como puder, Pedro é filho do Bruno. Pedro é filho da Beatriz. Pedro é nosso filho. É filho do Brasil. Salve Pedro”, finaliza o texto do pedido de doação que já alcançou 37% da meta.

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