A viatura da PM estava estacionada em frente a uma sorveteria, no Recanto das Emas, quando ocorreram os disparos
 -  (crédito: Carlos Vieira/CB/DA Press             )

A viatura da PM estava estacionada em frente a uma sorveteria, no Recanto das Emas, quando ocorreram os disparos

crédito: Carlos Vieira/CB/DA Press

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou, em nota, que instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) sobre o episódio em que um sargento matou um colega de patrulha, e depois tirou a própria vida, há uma semana. De acordo com a corporação, o objetivo do processo investigatório é "elucidar todas as circunstâncias e eventuais responsabilidades que envolvem o caso".

 

 

No último domingo, durante ronda, no Recanto das Emas, o sargento Paulo Pereira de Souza disparou contra a cabeça do soldado Yago Monteiro Fidélis. O soldado chegou a ser transferido para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), em estado grave, mas não resistiu. Um terceiro militar que estava na viatura não foi ferido.

 

O sargento Paulo, que também morreu, estava passando por problemas pessoais e vinha apresentando sinais de complicações psicológicas. O sargento havia passado por especialistas da polícia e, como nada foi constatado, voltou a trabalhar normalmente. Ele estava lotado no batalhão do Recanto das Emas havia três meses. Anteriormente, estava na unidade do Gama.

 

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o plantão dos três PMs começou normal, por volta das 7h da manhã, e às 9h eles teriam se deslocado para uma ocorrência de maus-tratos de uma criança. Em seguida, por volta das 11h, eles teriam parado para tomar sorvete, momento antes de Paulo efetuar os disparos dentro da viatura. Não há informações precisas sobre possíveis desavenças entre os policiais, antes da tragédia.

 

Após o episódio, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) criou protocolos para o atendimento psicológico dos agentes de segurança. A comandante-geral da Polícia Militar, Ana Paula Habka, anunciou, ainda, a contratação de cinco psiquiatras para a corporação. Atualmente, a PMDF possui apenas um para mais de 10 mil militares.