Suspeita é de que Ana Caroline tenha sido vítima de lesbofobia  -  (crédito: Redes sociais/reprodução)

Suspeita é de que Ana Caroline tenha sido vítima de lesbofobia

crédito: Redes sociais/reprodução

Um assassinato brutal chocou a cidade de Maranhãozinho (MA). O corpo de Ana Caroline Sousa Campêlo, de 21 anos, foi encontrado com os olhos, a pele do rosto, as orelhas e o couro cabeludo arrancados — o que indica requinte de crueldade próprio de crimes de ódio. O homicídio ocorreu no domingo e está sendo tratado pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI) como lesbofobia.
Ana Caroline tinha se mudado há pouco tempo para o município do interior do Maranhão a fim de morar com a namorada. O assassinato repercutiu nas redes sociais e militantes, políticos e intelectuais ligados à causa LGBTQIA+ pediram apuração rigorosa.

"Ana Caroline teve sua vida e seus sonhos interrompidos no último domingo por um homem desprezível e lesbofóbico que está ciente da impunidade masculina em casos de feminicídio contra lésbicas. Exigimos das autoridades que a justiça seja feita não apenas para o caso de Ana Caroline, mas também que ocorram ações efetivas para combater o massacre de mulheres lésbicas que vem ocorrendo e sendo silenciado há anos", publicou a filósofa e escritora Márcia Tiburi.

A deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) também comentou a respeito do assassinato e lamentou mais um crime de ódio contra uma mulher lésbica. "Me dói ter que noticiar mais uma morte, porque a gente está cansada de falar das nossas só depois da tragédia. Cada corpo que cai é a vitória da impunidade. É isso que temos que impedir", cobrou a parlamentar.

Uma testemunha teria relatado à guarnição da Polícia Militar que encontrou o corpo que ouviu uma mulher chorando na presença de um homem em uma motocicleta. A pessoa, que não foi identificada, contou que chegou a usar uma lanterna na direção onde os dois estavam para tentar ver o que estava acontecendo. Porém, o suspeito teria colocado a moça na motocicleta e fugido na direção de uma estrada que liga ao Povoado Cachimbós, ainda no município.

Procurada para prestar mais informações a respeito do crime, a Polícia Civil do Maranhão limitou-se a dizer que o caso está sendo investigado pela Superintendência de Polícia Civil do Interior.