SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (17/11) que apoiaria possíveis ataques contra os cartéis de drogas e a produção de narcóticos no México e na Colômbia, mas não anunciou nenhuma intervenção militar direta dos Estados Unidos.
Questionado em um evento na Casa Branca se apoiava ataques terrestres no México para conter o tráfico de drogas, Trump respondeu: "Por mim, OK, faremos o que for preciso para acabar com as drogas".
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Mais tarde, ele ainda mencionou a possibilidade de atacar laboratórios de cocaína na Colômbia. "Se eu destruiria essas fábricas? Teria orgulho de fazer isso pessoalmente", disse Trump. "Não disse que vou fazer isso, mas teria orgulho de fazer porque salvaríamos milhões de vidas."
Trump intensificou sua campanha contra o tráfico marítimo de drogas, autorizando operações de interdição e concedendo às forças americanas maior autoridade para imobilizar ou afundar embarcações suspeitas de transportar narcóticos.
No início do mes, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que militares americanos não entrarão em território mexicano e que não há risco de intervenção dos EUA em seu país. "Isso não vai acontecer", disse em uma conversa com jornalistas.
Sheinbaum havia sido questionada sobre uma reportagem da NBC News que afirmou que os EUA haviam começado um planejamento detalhado para uma nova missão de combate às drogas dentro do México. "Não temos nenhum relatório de que isso vá acontecer. E, além disso, não concordamos", disse a presidente mexicana naquele momento.
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O presidente americano ainda deu, nesse domingo (16/11), um dos primeiros sinais para um possível caminho de redução da tensão na região. Trump disse que Washington pode abrir negociações com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que enfrenta pressão crescente do governo do republicano em meio a grande mobilização militar americana no Caribe.
"Podemos ter algumas discussões com Maduro, e veremos como isso vai acabar", disse Trump a repórteres no domingo, em West Palm Beach, na Flórida, antes de embarcar em um voo de volta a Washington.
Trump não deu mais detalhes sobre a possibilidade de negociações com Maduro, a quem os EUA acusaram de ter ligações com o tráfico de drogas e de liderar um cartel, o que o ditador nega.
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Perguntado sobre o que significa que Maduro estaria interessado em conversar, Trump, que havia cancelado o engajamento diplomático com a Venezuela no início de outubro, disse que não sabia, mas acrescentou: "Eu converso com qualquer um."
Trump sugeriu, no entanto, que manteria a pressão sobre Maduro, que está no poder desde 2013 e não é reconhecido pelos EUA como presidente legítimo da Venezuela. "Estamos impedindo traficantes de drogas e drogas de entrarem em nosso país", disse Trump.
