Internacional

Argentinos marcham contra vetos de Milei a fundos para educação e saúde

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Milhares de pessoas se manifestam em frente ao Congresso argentino nesta quarta-feira (17) em rejeição aos vetos do presidente Javier Milei a leis que buscavam remediar o sufocamento financeiro das universidades públicas e do maior hospital pediátrico do país.

As leis vetadas previam atualizar o orçamento universitário de acordo com a inflação desde 2023 e melhorar os salários de docentes e pessoal auxiliar. Também declaravam uma emergência sanitária que implicava destinar fundos sobretudo para o Garrahan, o maior hospital pediátrico do país.

Os setores da saúde e da educação têm sido dois dos principais afetados pela motosserra do mandatário ultraliberal.

Com cartazes como "não ao veto" e "salvemos o Garrahan", milhares de estudantes, professores, médicos e sindicatos exigem dos deputados que votem contra as medidas presidenciais.

"Estão em risco a educação e a saúde, é fundamental que tenhamos acesso à educação de qualidade que a Argentina nos oferece. Não podemos permitir que nos arranquem o que conseguimos com tanta luta ao longo da história", disse à AFP Zoe Gómez, de 23 anos e recém-formada em Psicopedagogia pela estatal Universidade de San Martín.

O Congresso, onde o oficialismo não tem maiorias, tem a possibilidade de reverter ambos os vetos. Para isso, a Câmara dos Deputados iniciou nesta quarta-feira um debate. Se reunir os votos necessários, a decisão seguirá para o Senado.

Na segunda-feira, Milei apresentou um projeto de orçamento de 2026 que inclui maiores verbas para saúde e educação, entre outras áreas, mas os manifestantes o rejeitam como insuficiente.

Os reitores universitários consideraram em um comunicado conjunto que esse programa "ratifica e agrava o ajuste" porque não prevê compensar as receitas perdidas.

O presidente, que em sua mensagem assegurou que "o pior já passou", governa aplicando o orçamento de 2023, apesar da erosão causada pela inflação, que naquele ano foi de 211%, de 118% em 2024 e de quase 20% acumulado até agosto deste ano.

Milei atravessa seu pior momento político desde que assumiu em dezembro de 2023, após o revés eleitoral nas legislativas da província de Buenos Aires, onde o oficialismo perdeu por 14 pontos para o peronismo de centro-esquerda.

A Argentina celebrará eleições legislativas nacionais em 26 de outubro.

Além disso, no início de setembro, o Congresso reverteu pela primeira vez um veto presidencial e deixou em vigor uma lei que concede mais recursos para pessoas com deficiência, uma área sob suspeita de corrupção que envolve a irmã do mandatário, Karina Milei.

sa-tev/lm/mar/am

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