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URUGUAI

Orsi vence eleições e se torna o novo presidente do Uruguai

Resultados saíram na noite deste domingo (24/11). As 22h27 da noite, com 94.44% dar urnas apuradas — em um total de 2.296.491 de eleitores — Yamandú Orsi tinha 49.66% dos votos

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Apoiado pelo ex-presidente José "Pepe" Mujica, o candidato de esquerda Yamandú Orsi venceu o oponente Álvaro Delgado no segundo turno das eleições no Uruguai. Os resultados saíram na noite deste domingo (24/11). Às 22h27 da noite, com 94.44% das urnas apuradas — em um total de 2.296.491 de eleitores — Orsi tinha 49.66% dos votos.

Álvaro Delgado, candidato do partido no governo, de centro-direita, reconheceu a vitória de Orsi e fez um pronunciamento saudando o oponente.

"Hoje os uruguaios definiram quem exercerá a Presidência da República. E quero enviar aqui, com todos esses atores da coalizão, um grande abraço e saudações a Yamandú Orsi", disse Delgado, cercado pelos parceiros da aliança governante que o apoiou no segundo turno.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou Orsi na rede X. "Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e Uruguai seguirão trabalhando juntos no Mercosul e em outros fóruns pelo desenvolvimento justo e sustentável, pela paz e em prol da integração regional", afirmou.

Com Orsi, a Frente Ampla retorna ao governo que perdeu em 2020 após três mandatos consecutivos, um deles sob Mujica (2010-2015).

 

Cenário de governo

O Uruguai, a democracia mais sólida da América Latina, tem uma alta renda per capita e níveis mais baixos de pobreza e desigualdade em comparação com o resto da região.

Mas o elevado custo de vida e a criminalidade estão no centro das preocupações dos eleitores neste país agrícola, com 3,4 milhões de habitantes e 12 milhões de cabeças de gado.

Após votar na cidade de Canelones, 50 quilômetros ao norte de Montevidéu, Lacalle Pou (atual presidente) garantiu uma transição "com a maior informação possível".

Orsi, que votou muito próximo do circuito do presidente, disse que espera encontrar-se "o mais rápido possível" com Lacalle Pou.

Nenhum dos dois blocos terá maioria parlamentar, já que nas eleições de outubro a Frente Ampla conquistou 16 das 30 cadeiras no Senado, e a coalizão governista, 49 dos 99 assentos na Câmara dos Deputados.

"Será uma boa oportunidade para buscar acordos", disse Delgado, ex-secretário da presidência de Lacalle Pou.

"Todos concordamos com a necessidade de acordos", disse Orsi.

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Os analistas não preveem uma mudança de rumo: Orsi prometeu "uma mudança segura que não será radical".

*Com informações da Agência France-Press

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