Normalize the Norm

Normalize the Norm

crédito: Reprodução / TikTok

Acordar cedo, se arrumar para o trabalho, encarar oito horas no emprego, voltar para casa, ir para a academia e fazer seu próprio jantar. O americano Connor Hubbard, de 28 anos, é gente como a gente e vive uma rotina comum, sem o glamour das celebridades. No entanto, ele tem 475 mil seguidores, que ele conseguiu justamente mostrando seu cotidiano em vídeos do TikTok.


 

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No material postado, dá para entender que seus gostos são simples. Seu prato favorito é um pão recheado e, antes de dormir, ele brinca com seu cachorro. Assim como várias pessoas, Connor não tem uma rotina cheia de surpresas e, geralmente, vai dormir sabendo que o vai fazer no dia seguinte. Mesmo assim, ele diz que é feliz e tem muito sucesso. É por isso que ele faz parte do movimento “Normalize the Norm”, ou “Normalize o normal”, em tradução livre. 


 

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“Há uma falsa realidade retratada nas redes sociais de hoje sobre o que é considerado normal, e que para ter sucesso, você tem que ser seu próprio patrão, ou pode ficar rico rapidamente. E o que estou dizendo é que você ainda pode ter sucesso e ainda viver uma vida feliz com um emprego normal, trabalhando em horários normais e vivendo uma vida normal”, declarou ao portal Dallas Observer. 

 


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Connor classifica sua semana como “movimentada”, devido ao seu trabalho como analista sênior de benefícios na empresa Fortune 500. Mesmo com o sucesso na internet, ele garante que sua rotina continua a mesma. “Sou apenas um cara normal que adora e sempre adorou criar conteúdo”, definiu. 


 

 

 

Mesmo dizendo ser feliz, os vídeos de Connor dividem opiniões. Muitas pessoas classificam sua rotina como tranquila, mas, para outros, é a coisa mais triste que já viram. “Gosto de dizer que você está firme e seguro. Muitas pessoas não têm isso agora. Precisamos normalizar isso novamente. É lindo e simples”, classificou um perfil. Já outro disse que “é exatamente o que eu NÃO quero fazer depois de me formar”. 


 

“Ao mesmo tempo que parece entediante, traz uma certa paz, é estável e relaxante”, ponderou o internauta. Há também aqueles que não ligam para a estabilidade no trabalho, desde que possam viver outras experiências fora dele. “Não me importava que este fosse o meu futuro, desde que tivesse alguém quando chegasse em casa”, disse um comentário. 


 

 

 

“Acho que as pessoas veem meu conteúdo como um reflexo de si mesmas. Tenho dois tipos de seguidores: jovens que estão no ensino médio ou recém-formados e que cresceram acreditando em tudo que veem online, e depois pessoas da minha idade ou mais velhas que viveram ou estão vivendo uma vida semelhante à minha. Com base em onde você está em sua vida, impacta a maneira como você percebe meu conteúdo. Alguns veem uma vida boa e feliz, outros veem uma vida triste e miserável. Vejo minha vida como perfeitamente feliz”, afirmou.


 

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Em seus dias de folga, Connor conta que gosta de jogar golfe com os amigos, fazer pequenas viagens e passear com sua esposa, com quem está junto desde o ensino médio. Apesar de dizer que vive feliz, ele relata que nem sempre foi assim.

 

“Meus primeiros anos fora da faculdade e no mercado de trabalho foram uma adaptação muito difícil. Eu não sabia o que queria fazer ou o que queria no futuro. Foram necessárias algumas tentativas antes de encontrar o emprego certo para mim. Agora estou em uma função que proporciona um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. Eu gosto da minha rotina e faço coisas que eu gosto fora do horário das 9h às 17h e que me mantêm motivado - exercícios, minha família, amigos, férias, criação de conteúdo, esportes e outros hobbies. Sinto que à medida que envelhecemos aprendemos a apreciar a estabilidade e a rotina, por isso acho que a sensação de paz vem com o tempo”, destacou.