Sob o comando de Elon Musk, o X (antigo Twitter) perdeu metade da sua receita com publicidade -  (crédito: Getty Images)

Sob o comando de Elon Musk, o X (antigo Twitter) perdeu metade da sua receita com publicidade

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FOLHAPRESS - O bilionário Elon Musk tem preocupado executivos das empresas Tesla e SpaceX, das quais é dono, por suposto uso de drogas ilícitas, como LSD, cocaína, ecstasy e cogumelos psicodélicos. A informação foi publicada nesse sábado (6/1) pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal, que ouviu pessoas próximas ao homem mais rico do mundo.

 

 

De acordo com a reportagem, Musk teria feito uso de ilícitos em festas privadas, onde convidados teriam assinado acordos de confidencialidade e entregado telefones celulares para entrar.

 

O bilionário já assumiu publicamente fazer uso de drogas e disse ter receita médica para cetamina, um anestésico com efeito psicodélico que, em microdoses, é usado para tratar depressão. O fármaco foi detectado em grande quantidade na autópsia do ator Matthew Perry, que morreu afogado na própria banheira em outubro do ano passado.

 

Segundo pessoas próximas a Musk, a preocupação não é só pela saúde do bilionário, mas também pela possível interferência na administração das empresas que ele controla. Além da Tesla e da SpaceX, ele também é CEO do X, ex-Twitter, do empreendimento de construção de túneis The Boring, da desenvolvedora de implantes cerebrais Neuralink e da startup de inteligência artificial xAI.

 

Em algumas ocasiões, de acordo com a reportagem, ele teria participado de reuniões e dado entrevistas sob efeito de entorpecentes.


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Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em setembro de 2018, quando fumou maconha no videocast do comediante e comentarista esportivo Joe Rogan. As ações da Tesla caíram 9% no dia em que as imagens vieram a público, e o Pentágono revisou a autorização de segurança federal vinculada à posição de Musk como CEO da SpaceX, empresa certificada pelo governo americano para fornecer satélites a agências de segurança nacional.

 

A NASA ainda exigiu garantias de que a SpaceX estava em conformidade com a Lei do Local de Trabalho Livre de Drogas, que é federal e obrigatória para empresas que prestam serviços ao governo americano. A empresa de satélites espaciais é a única nos Estados Unidos com autorização para transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional.

 

"Depois daquela única tragada com [Joe] Rogan, eu concordei, a pedido da Nasa, em fazer três anos de testes aleatórios de drogas. Nem mesmo vestígios de álcool ou drogas foram encontrados", escreveu Musk no X neste domingo (7), após a publicação da reportagem.

 

Ao jornal norte-americano, Alex Spiro, advogado de Musk, também afirmou que o bilionário é "regularmente e aleatoriamente testado para drogas na SpaceX e nunca falhou em um teste". Ele ainda acrescentou que o artigo do jornal menciona "fatos falsos", embora não tenha dados mais detalhes.

 

O bilionário não respondeu a um pedido de comentário do Wall Street Journal.