Os estromatólitos são fósseis vivos e as formas de vida mais antigas em nosso planeta. Eles se formam pela ação de microrganismos, especialmente cianobactérias que, ao longo de milhões de anos, depositam camadas minerais que dão origem às suas estruturas características. Em São João del Rei, na Região de Campos das Vertentes, está localizada uma dessas estruturas, o Estromatólito do Tijuco que, pela primeira vez, está aberto para visitação pública. 

Em cerimônia de inauguração, nesse sábado (6/12), a Secretaria de Meio Ambiente de São João del Rei apresentou para a população a estrutura, que passou por uma série de ações de preservação e valorização do patrimônio, em cumprimento ao compromisso assumido em processo de Ação Civil Pública, conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Secretaria de Meio Ambiente de São João del-Rei realiza inauguração do Estromatólito do Tijuco

Divulgação/ASCOM Prefeitura de São João del-Rei

Com o apoio de pesquisadores do curso de Geografia da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), a prefeitura do município realizou a recuperação ambiental do entorno do afloramento, com plantio e manutenção de espécies nativas que contribuem para a proteção do estromatólito. A área foi cercada garantindo a conservação e impedindo danos a formação rochosa e foi instalada uma placa informativa destacando seu valor científico e a importância da preservação.

Além disso, foram realizadas ações de educação ambiental e patrimonial, com os moradores da cidade. A prefeitura ainda reforçou o “compromisso permanente de não realizar qualquer ato que possa causar destruição, deterioração ou inutilização da área protegida”.

Como visitar?

O Estromatólito do Tijuco ficará aberto à visitação pública a qualquer hora do dia, sem necessidade de retirada de ingresso.

Estudantes, pesquisadores e moradores poderão conhecer de perto a formação geológica, que fica localizada atrás do Conjunto Habitacional Parque das Cachoeiras, na Rua João Geraldo Braga, em São João del Rei. 

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A importância do estromatólito do Tijuco

O Estromatólito do Tijuco tem cerca de 1 bilhão de anos e é uma das mais antigas provas da existência de vida aquática na região. Conhecidos como 'rochas em camadas', os estromatólitos - do grego stroma (colchão) e lithos (pedra) - são raros e ajudaram a oxigenar a Terra há bilhões de anos.

As formações geológicas raras estão entre os vestígios mais antigos de vida no planeta, sendo formados pela ação de microrganismos, principalmente cianobactérias, que depositam camadas minerais ao longo de milhões de anos. Cianobactérias constituem um grupo de bactérias procariontes que realizam fotossíntese e usam a energia do sol. Estromatólitos vivos existem apenas em algumas lagoas salgadas ou baías ao redor do mundo.

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