Moradores de Uberlândia (MG), no Triângulo Mineiro, notaram algo diferente no céu na tarde dessa terça-feira (18/11). Um avião realizou diversas voltas em círculos sobre bairros próximos ao Aeroporto Tenente Coronel Aviador César Bombonato, chamando a atenção de quem estava nas ruas e gerando várias especulações nas redes sociais.
Nas publicações, as especulações eram diversas. Uma moradora comentou que “achei que era B.O. na pista porque o avião não parava de dar voltas”; outro disse que “estranhou porque a rota estava diferente do normal”, e houve ainda quem relatasse que “até filmou a cena, sem saber que se tratava de um procedimento técnico”. A movimentação repetida levantou dúvidas sobre uma possível falha mecânica ou até um pouso forçado.
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O avião sobrevoou várias vezes a área no entorno do aeroporto por volta das 14h. Segundo a Aena Brasil, concessionária que administra o terminal, não havia motivo para preocupação: o voo era programado e fazia parte das atividades do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), unidade vinculada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por gerenciar o tráfego aéreo no país.
O Decea explicou que a aeronave oficial estava em Uberlândia para inspecionar e calibrar sistemas de auxílio à navegação aérea, operação que ocorre periodicamente em aeroportos e pontos estratégicos do espaço aéreo brasileiro para garantir precisão e segurança.
A missão teve como foco testar e liberar o novo sistema de luzes do PAPI (Precision Approach Path Indicator) na cabeceira 04 da pista. O PAPI é um equipamento visual essencial para orientar os pilotos durante a aproximação para o pouso. Ele utiliza quatro luzes instaladas ao lado da pista:
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brancas indicam que a aeronave está alta;
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vermelhas, que está baixa;
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duas brancas e duas vermelhas sinalizam que o avião está na trajetória ideal.
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O procedimento permite verificar se o novo sistema está operando dentro das normas de segurança e identificar possíveis ajustes necessários pela equipe de manutenção em solo. Segundo o Decea, tudo ocorreu dentro da normalidade durante a operação. As calibrações realizadas pelo GEIV fazem parte da rotina técnica da FAB.
