SAÚDE 

Dengue em BH: 89% dos focos de mosquito estão nas casas

O levantamento feito pela PBH mostrou que cerca de 0,6% dos 53 mil imóveis tinham presença de larva do mosquito

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Resultados do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025 mostram que cerca de 0,6% de 53 mil imóveis visitados em Belo Horizonte apresentaram a presença da larva do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A regional de Venda Nova é a que apresenta maior incidência com 1%. Porém, a maioria dos focos, 88,8%, está presente nas residências. 

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O estudo é feito anualmente pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para identificar as áreas com maior concentração de focos e os tipos de criadouros mais comuns. O resultado classifica a capital como área de baixo risco. Segundo padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde, índices iguais ou superiores a 4% indicam risco alto; entre 1% e 3,9%, risco médio e inferiores a 1%, risco baixo. 


“O LIRAa nos ajuda a entender onde o índice é maior e, assim, podemos agir com precisão na prevenção ao aedes aegypti. Vamos continuar o trabalho em toda a cidade, mas intensificando as ações nas áreas com maior incidência”, afirma a subsecretária de Promoção e Vigilância em Saúde, Thaysa Drummond.


O levantamento também identificou que 88,8% dos focos do mosquito estão em ambientes domésticos. Os criadouros predominantes encontrados em residências foram, por exemplo: pratinhos de plantas, com 40,8%, redes pluviais – como ralos e canaletas – com 9,9%, inservíveis (algo sem utilidade ou valor) e recipientes domésticos, com 7,7% e caixas d’água, com 7,4%.


“Mais do que a atuação dos Agentes de Combate a Endemias, precisamos da conscientização e colaboração da população na tarefa diária de eliminar possíveis criadouros. Uma vistoria rápida, de cerca de dez minutos por semana, já faz diferença na prevenção”, completa a subsecretária.


Veja índices por regional: 


  • Noroeste: 0,3% - Baixo
  • Norte: 0,3% - Baixo
  • Barreiro: 0,4% - Baixo
  • Centro-Sul (incluindo a Hipercentro): 0,4% - Baixo
  • Oeste: 0,4% - Baixo
  • Nordeste: 0,8% - Baixo
  • Pampulha: 0,8% - Baixo
  • Leste: 0,8% - Baixo
  • Venda Nova: 1% - Médio

Dia D de prevenção

Neste sábado (08/11), acontece mais um Dia D de prevenção ao aedes aegypti. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a mobilização atende a orientação do Ministério da Saúde e terá como foco a intensificação de vistorias em imóveis, ações que o município faz de forma permanente, durante todo ano. Nas visitas, os Agentes de Combate a Endemias (ACE) devem reforçar, com a população, os riscos do acúmulo de água em locais e objetos que podem se tornar criadouros do mosquito.  


Também serão repassadas dicas sobre como eliminar os focos e, caso necessário, os agentes podem fazer a aplicação de larvicidas. Ainda segundo a PBH, em 2025, já foram feitas mais de 3,7 milhões de ações em imóveis. Além da atuação dos agentes, a equipe do Mobiliza SUS vai participar das ações, repassando à população orientações educativas. 


Como o resultado do LIRAa mostrou que cerca de 88,8% dos focos estão em ambiente domiciliar, é fundamental que a população intensifique os cuidados em casa, com vistorias que podem ajudar na prevenção. 


“O esforço dos agentes e da população tem contribuído com a prevenção, mas a participação da comunidade continua sendo indispensável. Este é o momento de reforçar as ações preventivas. Basta uma inspeção mais atenta em casa para eliminar possíveis criadouros. A luta é coletiva e cada pessoa tem um papel essencial”, ressalta o diretor de Zoonoses da PBH, Eduardo Viana. 


Vigilância e combate


Entre as ações de prevenção, a PBH informa que, durante todo ano, mantém ações de vigilância e combate às doenças transmitidas pelo mosquito. Os agentes de combate a endemias visitam os imóveis, orientam sobre os riscos do acúmulo de água. 


Também são feitas ações com inseticida para o combate aos mosquitos adultos, alcançando cerca de 21 mil imóveis em 2025. A capital também dispõe de drones para captar imagens e identificar possíveis focos, além de aplicar larvicida em locais de difícil acesso dos profissionais que atuam na prevenção. Neste ano, segundo a PBH, foram 54 sobrevoos, com a identificação de quase 7 mil potenciais criadouros.


Belo Horizonte conta ainda com mais de 1,7 mil ovitrampas - armadilhas que simulam o ambiente ideal para a reprodução do mosquito - e contêm substâncias que atraem as fêmeas. Instaladas em pontos estratégicos das regionais, as armadilhas permitem o monitoramento da circulação do mosquito. Somente em 2025, foram feitas mais de 59 mil visitas para acompanhamento.


Outra ação destacada pelo Executivo Municipal é a soltura de mosquitos aedes aegypti com a bactéria Wolbachia. Os mosquitos que carregam esse microrganismo têm capacidade reduzida de transmitir dengue, zika e chikungunya, o que ajuda a diminuir o risco dessas doenças. A PBH destaca que esse método não envolve modificação genética.


Dicas para combater o mosquito:


  • Eliminar os pratinhos das plantas;
  • Conferir se caixas d’água, barris e tambores estão bem fechados;
  • Armazenar pneus velhos em um lugar fechado ou levar para uma URPV;
  • Lavar bem as vasilhas dos pets;
  • Limpar ralos e canaletas de piso para não acumular água;
  • Virar garrafas e potes vazios;
  • Colocar o lixo no saco plástico e fechar bem a lixeira;
  • Descartar corretamente materiais inservíveis, como embalagens e latas

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