PM informou que ofereceu atendimento médico à vítima, mas ela recusou -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press - Arquivo)

PM informou que ofereceu atendimento médico à vítima, mas ela recusou

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press - Arquivo

Uma mulher de 44 anos foi agredida por policiais militares durante uma ocorrência no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte, na madrugada desta quinta-feira (25/4). Ela teria resistido à prisão por desacato após um desentendimento com um motorista de aplicativo, então os militares desferiram repetidos golpes com um cacetete forçando que ela entrasse na viatura.

 

Segundo o Boletim de Ocorrência, foram utilizadas “técnicas de defesa pessoal com objetos contundentes para quebrar a resistência da autora".

 

 

A PM informou que o motorista, de 22 anos, acionou a corporação porque a mulher teria se recusado a pagar R$15 após a corrida, valor que foi combinado por fora do estipulado pelo aplicativo. Segundo ela, só pagaria o motorista em duas horas, pois iria aguardar o namorado chegar, ou que o motorista anotasse o contato dela para que ela pudesse enviar o dinheiro depois. 

 

 

Quando os militares chegaram ao local da ocorrência, na Rua João Lúcio Brandão, a mulher começou a discutir com os oficiais, empurrou e tomou o cacetete de um deles. Ela teria gritado “cala a sua boca” e utilizado o termo pejorativo “gambezinho” para se referir a eles.

 

 

As agressões contra a mulher utilzando o objeto contundente teriam começado após ela resistir à prisão. A corporação afirmou que foi oferecido atendimento médico à vítima, mas ela recusou. A mulher foi encaminhada à uma delegacia de Polícia Civil. 


Questionada pelo Estado de Minas sobre a proporção do uso da força durante a ocorrência e se os militares receberão alguma sanção adminstrativa, a Polícia Militar não se pronunciou. A mulher não foi encontrada pela reportagem.

 

*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos