BH: mulher é agredida durante abordagem policial no Prado
Segundo o Boletim de Ocorrência, foram utilizadas 'técnicas de defesa pessoal com objetos contundentes para quebrar a resistência da autora'
compartilhe
Siga no
Uma mulher de 44 anos foi agredida por policiais militares durante uma ocorrência no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte, na madrugada desta quinta-feira (25/4). Ela teria resistido à prisão por desacato após um desentendimento com um motorista de aplicativo, então os militares desferiram repetidos golpes com um cacetete forçando que ela entrasse na viatura.
Segundo o Boletim de Ocorrência, foram utilizadas “técnicas de defesa pessoal com objetos contundentes para quebrar a resistência da autora".
A PM informou que o motorista, de 22 anos, acionou a corporação porque a mulher teria se recusado a pagar R$15 após a corrida, valor que foi combinado por fora do estipulado pelo aplicativo. Segundo ela, só pagaria o motorista em duas horas, pois iria aguardar o namorado chegar, ou que o motorista anotasse o contato dela para que ela pudesse enviar o dinheiro depois.
25/04/2024 - 12:38 Fiel doa quase R$ 270 mil para Igreja, mas Justiça manda devolver
25/04/2024 - 15:34 Influenciador é preso ao vender blocos de argila em vez de celulares em BH
25/04/2024 - 15:54 Trabalhador morre em desabamento de obra em supermercado de Varginha
Quando os militares chegaram ao local da ocorrência, na Rua João Lúcio Brandão, a mulher começou a discutir com os oficiais, empurrou e tomou o cacetete de um deles. Ela teria gritado “cala a sua boca” e utilizado o termo pejorativo “gambezinho” para se referir a eles.
- Leia também: Morador de rua é esfaqueado em briga com motoboy
As agressões contra a mulher utilzando o objeto contundente teriam começado após ela resistir à prisão. A corporação afirmou que foi oferecido atendimento médico à vítima, mas ela recusou. A mulher foi encaminhada à uma delegacia de Polícia Civil.
Questionada pelo Estado de Minas sobre a proporção do uso da força durante a ocorrência e se os militares receberão alguma sanção adminstrativa, a Polícia Militar não se pronunciou. A mulher não foi encontrada pela reportagem.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos