Encontro na Cidade Administrativa marcou o lançamento da ferramenta  -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)

Encontro na Cidade Administrativa marcou o lançamento da ferramenta

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press

O governo de Minas lançou, nesta sexta-feira (19/04), um projeto para construir a Ferramenta de Monitoramento, Reporte e Verificação (MRV Climático). O equipamento, que deve estar disponível para consulta em dezembro, é um instrumento importante para medir o avanço na execução do Plano Estadual de Ação Climática (PLAC).

 

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a ferramenta será capaz de gerenciar resultados e impactos de ações prioritárias, implementadas pelo governo do estado rumo à neutralidade de emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 e à redução da vulnerabilidade climática dos municípios. Estes são os objetivos firmados nas campanhas ‘Race To Zero’ e ‘Race to Resilience’.

 

“Precisávamos desenvolver uma ferramenta que nos desse uma capacidade gerencial de acompanhar a implementação de todas essas ações. Tanto ações que estão previstas para o governo do estado, mas também as metas impostas para os setores econômicos do estado de Minas Gerais, dando transparência para toda a população”, afirmou Marília Melo, secretária da Semad.

 

Leia também: Seminário na ALMG busca soluções para mudanças climáticas extremas em Minas

 

Além disso, segundo ela, a ferramenta também vai facilitar o processo de financiamento de grandes projetos no estado, que conta com aportes internacionais. O projeto dessa ferramenta, por exemplo, é feito em parceria com o governo britânico.

 

“Hoje, damos um passo importante para dar transparência a população sobre a efetivação das ações do plano. Essa ferramenta vai permitir, a partir da construção de projetos, a captação de recursos internacionais. O governo de Minas tem participado, há alguns anos, muito ativamente das conferências do clima e feito essa discussão com organismos financiadores internacionais para aprovar projetos”, ressaltou a secretária.


 

Marília explica ainda como vai acontecer o desenvolvimento da ferramenta. “Como o plano envolve diversas instituições do governo de Minas, precisamos desse engajamento das outras secretarias de estado, também nesse processo de entendimento e construção da ferramenta, que estará disponível para consulta da população em dezembro deste ano.”

 

Parceria

 

A diretora do consulado britânico em Belo Horizonte, Maria Bueno, também destacou a importância da parceria no desenvolvimento da ferramenta.

 

“É um avanço significativo na gestão de projetos climáticos e é um exemplo concreto do que a gente pode alcançar quando unimos forças. A agenda climática é de vital importância para o Reino Unido, não é à toa que compartilhamos com Minas Gerais esse objetivo comum de descarbonizar nossas economias, em um futuro bem próximo. Essa visão compartilhada é o que vai nos impulsionar e o que nos impulsiona neste momento, para avançar ainda mais nessa agenda e buscar soluções inovadoras, como a que vai ser apresentada hoje”, afirmou Maria Bueno.

 

Ela lembra que o governo do estado foi o primeiro da América Latina e Caribe a aderir a campanha 'Race To Zero'. “Isso posiciona Minas Gerais não só como líder em ação climática no Brasil, mas para o mundo todo e, principalmente, em nossa região, na América do Sul. O caminho a frente é complexo, repleto de decisões difíceis sobre inovação e política e é por isso que colaborações como essa são cruciais para cumprir os compromissos ambiciosos que assumimos.”

 

Plano de Ação Climática

 

O Plano Estadual de Ação Climática (PLAC) estabelece 199 metas para redução de emissão de gases de efeito estufa e captura de carbono, para mitigação e adaptação aos efeitos adversos do clima para o estado. No plano foram estabelecidas ainda metas intermediárias a cada cinco anos.

 

O Plano Estadual de Ação Climática foi desenvolvido com apoio internacional e participação efetiva da sociedade civil, setor produtivo e universidades. Seu objetivo principal é orientar o estado em direção a uma economia verde de baixo carbono, proporcionando resiliência diante das mudanças climáticas e promovendo uma sociedade mais inclusiva e sustentável do ponto de vista socioambiental, segundo a Semad.