A delegada Mellina disse que é o pior caso pelo qual ela trabalhou -  (crédito: Ivan Drummond )

A delegada Mellina disse que é o pior caso pelo qual ela trabalhou

crédito: Ivan Drummond

Um caso escabroso, que parece de um filme terror. Uma mulher, de 30 anos, foi presa na manhã desta terça-feira (9/4), em flagrante, por estupro de vulnerável e distribuição de vídeos pelo Facebook e Whatsapp, em Contagem, na Grande BH. A vítima, de apenas 12 anos, é filho dela.

 

 

"Foi a pior história investigativa da minha vida. A mulher mantinha relações com o filho, em seu quarto, e ainda filmava. Depois os oferecia (os vídeos) e os vendia, por preços entre R$ 10 e R$ 50. Disse que fazia isso para pagar dívidas", conta a delegada Mellina Clemente, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Contagem.

 

A denúncia, segundo a delegada, ocorreu por meio do Conselho Tutelar de Contagem, em 27 de março.

 

"A partir da denúncia, iniciamos a investigação. Primeiro, conseguimos encontrar os vídeos. Foi horrível. A partir daí, solicitei a prisão preventiva. Hoje fizemos a prisão. O quarto dela, onde eram feitos os vídeos, era o mesmo das filmagens. Encontramos, também, a cueca usada pelo adolescente e roupas que ela usava. Tudo foi apreendido", conta a delegada.

 

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A criança, de imediato, foi entregue ao pai, que já cuidava de outros dois filhos do casal. Ao chegar à delegacia, a mulher confessou o crime. A autora vive com um companheiro, que arcava com as despesas da casa. Ele contou aos policiais que nunca desconfiou de nada. A mulher contou que o namorado não tinha qualquer ligação com o que ela fazia.

 

O pai do adolescente está abalado. Disse que notou uma mudança de comportamento do filho há cerca de um ano. A mulher mudou sua versão. Primeiro, afirmou que gravava os vídeos há um ano. Depois, falou que era a partir do fim de 2023.

 

Segundo a delegada Mellina, a mulher será indiciada por seis crimes: estupro de vulnerável, exploração sexual, divulgação de cena de estupro, filmagem, exposição de vídeo com conteúdo sexual e distribuição desses vídeos.

 

As investigações, agora, prosseguem para tentar descobrir quem pagou pelos vídeos: o responsável será indiciado por violação do Estatuto da Criança e do Adolescente.