Há 17 anos o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) tem realizado um trabalho de conscientização, combate ao desperdício e incentivo de práticas sustentávei -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)

Há 17 anos o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) tem realizado um trabalho de conscientização, combate ao desperdício e incentivo de práticas sustentávei

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press

Há 17 anos o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) tem realizado um trabalho de conscientização, combate ao desperdício e incentivo de práticas sustentáveis, como a reciclagem e a reutilização de materiais. Além disso, o centro também promove oportunidades de emprego àqueles que buscam alternativas de renda e desejam preservar os recursos naturais.

 

Coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o CMRR faz uma articulação entre setores público e privado, terceiro setor, comunidade acadêmica e sociedade civil com o intuito de obter alternativas para transformar resíduos em oportunidades de trabalho, renda e preservação dos recursos naturais.

Criado em 2007, o CMRR realiza iniciativas que estimulam a reflexão e a ação da cidadania no consumo de resíduos. O local também visa a inclusão social de catadores de materiais recicláveis e o desenvolvimento de suas organizações através de projetos, com auxílio de parcerias.

 

A coordenadora do Centro Mineiro de Referência em Resíduos, Ana Paula Gonçalves, avalia a atuação do centro como um potente disseminador de orientações técnicas aos municípios de Minas Gerais. Para ela, o local pode mostrar caminhos ao abrigar seminários internacionais, eventos promovidos pelos catadores de materiais recicláveis, cursos e oficinas na área de gerenciamento de resíduos.

 

“Nossos planos, agora, são os projetos de formação de catadores para gestores públicos e, utilizando da nossa infraestrutura física, oferecer a formação no ofício da costura e gastronomia - porque nós temos o espaço físico, visando também o aproveitamento de resíduos. Então, estamos planejando a retomada dessas ações e a melhoria do programa Bolsa Reciclagem”, conta ela.

 

Em 2012, o centro lançou o projeto, pioneiro no Brasil e regularizado em 2019, que possibilita a inserção de catadores na sociedade via educação ambiental. O programa “Bolsa Reciclagem” tem contemplado cerca de 84 associações e cooperativas, beneficiando cerca de 1.580 catadores a cada trimestre. A ideia consiste em um incentivo financeiro, que visa a introdução de materiais recicláveis em processos produtivos, com foco em reduzir a utilização de recursos naturais e insumos energéticos e promover a redução, a reutilização e a reciclagem dos resíduos, contribuindo para inclusão social dos catadores de materiais recicláveis e desenvolvimento de suas organizações.

 

Até 2023, já foram repassados para as associações e cooperativas o valor de R$ 36.379.485,36 e o total, em toneladas de materiais recicláveis recuperados por meio do programa, somando plástico, papel, metal e vidro, corresponde a 427.595,17 toneladas, nesse mesmo período. Considerando apenas o contexto do governo atual, o valor total repassado para as organizações foi de R$ 16.166.265,52. Já a quantidade total de materiais recicláveis recuperados corresponde a 195.854,51 toneladas .n

*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Oliveira

 

Serviço

Centro Mineiro de Referência em Resíduos
Rua Belém, 40 - Pompéia, BH
(31) 3277-7626