Assessor parlamentar no gabinete do vereador de Belo Horizonte César Gordin (Solidariedade), Marcos Vinícius foi exonerado -  (crédito: Redes sociais/Reprodução)

Assessor parlamentar no gabinete do vereador de Belo Horizonte César Gordin (Solidariedade), Marcos Vinicius foi exonerado

crédito: Redes sociais/Reprodução

Suspeito de participação na briga entre torcedores do Atlético e Cruzeiro que deixou um homem morto, no sábado (2/3), em Belo Horizonte, Marcos Vinicius Oliveira de Melo, de 35 anos, também conhecido como 'Vinicin' e ex-diretor da Galoucura, está foragido da Justiça após um mandado de prisão expedido pelo juiz Daniel Dourado Pacheco, da Vara de Execuções Criminais da capital, nessa quinta-feira (7/3).

 

O mandado, no entanto, não decorre do homicídio do cruzeirense Lucas Elias Vieira Silva, de 28 anos, baleado no tórax durante a confusão ocorrida na região do Barreiro, mas sim da regressão de regime em relação ao assassinato do cruzeirense Otávio Fernandes, aos 19 anos, em novembro de 2010. Marcos foi condenado em 2014 a 17 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha.

 

 

Ele usufruía atualmente de liberdade condicional e teve o benefício suspenso pelo magistrado após se envolver na briga do referido fim de semana.

 

Assessor parlamentar no gabinete do vereador de Belo Horizonte César Gordin (Solidariedade), Marcos Vinicius foi demitido. Em nota, o parlamentar afirmou que a exoneração do assessor se dá até que ocorra uma apuração do ocorrido.

 

As torcidas organizadas se encontraram na esquina da Rua Arquiteto Morandir com a Avenida Tereza Cristina, na Região do Barreiro. O momento da confusão foi flagrado em vídeo (veja aqui). Naquele dia, o Atlético enfrentou o Ipatinga na Arena MRV, no Califórnia, e o Cruzeiro encarou o Uberlândia, no Mineirão, na Pampulha.

 

O confronto terminou com a morte do entregador de aplicativos e cruzeirense Lucas Elias. Os disparos também feriram Wendell Morais de Souza e Maurício Filipe Reis Ferreira, ambos torcedores celestes. A Polícia Militar identificou Marcos Vinicius como um dos homens que, além de participar da briga, teria impedido uma quarta pessoa - que também ficou ferida - de prestar socorro a Lucas.

 

Após levar um tiro no peito, ele teve hemorragia e uma parada cardíaca no bloco cirúrgico do Hospital Santa Rita, quando veio a óbito. Lucas deixa esposa e uma filha de dois anos. 

 

Integrantes da organizada Galoucura Barreiro, os atleticanos Victor Marcelo Rocha Santiago, de 24 anos, e Robert Xavier Soares, de 23, foram presos apontados como responsáveis pelos tiros que causaram a morte do torcedor. Na decisão proferida na segunda-feira (4/3), a juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto, da Central de Recepção de Flagrantes de Belo Horizonte (Ceflag), ressaltou a necessidade de “garantia da ordem pública” ao converter as prisões em flagrante para caráter preventivo. 

 

Outro crime

 

O ex-assessor parlamentar Marcos Vinicius também já foi acusado de agressão a outro cruzeirense depois da final do Campeonato Mineiro de 2018, em 4 de março. Ouvido em 9 de abril de 2019 pelo juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Marcelo Fioravante, no Fórum Lafayette, ele alegou ter sido provocado e disse ter dado um único golpe na vítima, que caiu. Marcos afirmou ainda que saiu do local imediatamente e não soube o que ocorreu depois.

 

Na época, Marcos alegou estar usufruindo de saída temporária relativa ao crime de 2010. O ex-diretor da Galoucura foi condenado a pouco mais de um ano pelos crimes de lesão corporal leve e incitação à violência.