O processo de atualização dos dados no painel e no boletim de arboviroses, ocorre por meio da exportação de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan). -  (crédito: EBC - Saúde)

O processo de atualização dos dados no painel e no boletim de arboviroses, ocorre por meio da exportação de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan).

crédito: EBC - Saúde

Minas Gerais contabiliza 33 mortes confirmadas por dengue de acordo com a atualização feita nesta quarta-feira (28/2) no painel de monitoramento de casos da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). No entanto, aqueles que acompanham os boletins da doença podem notar uma discrepância já que, nessa terça (27/2), o número de óbitos confirmados era 37.

É rotineira a mudança no número de mortes nas atualizações feitas pela SES-MG. Mas, por que ela acontece?

 

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De acordo com a pasta, o processo de atualização dos dados no painel e no boletim de arboviroses ocorre por meio da exportação de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), desenvolvidos pelo Ministério da Saúde.

 

O Sinan tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das três esferas de governo, por intermédio de uma rede informatizada. Isso ajuda na investigação de casos e análise de informações sobre doenças obrigatoriamente notificáveis, conforme a Portaria MG/MS n.º 2010 de 27 de novembro de 2023.


Os dados de dengue e chikungunya são retirados do Sinan online, onde as informações são colocadas e enviadas em tempo real. Funciona assim: as secretarias municipais de saúde, por meio da vigilância epidemiológica, coletam e inserem no Sinan as notificações de casos e óbitos das unidades de saúde. A inserção dos dados deve ser realizada corretamente dentro do prazo de até sete dias após a notificação. Uma vez notificado no Sinan, os municípios têm até 60 dias para concluir a investigação e encerramento dos casos e óbitos no sistema, podendo ocorrer a reclassificação da morte durante esse processo. Por isso, os dados podem ser revisados e alterados durante esse período.

 

O Sinan permite a extração dos dados em formato DBASE para a Secretaria de Estado da Saúde (SES) consolidar as informações. Assim, os municípios não enviam diretamente os dados para a SES, mas sim pelo sistema. Os dados são extraídos do Sinan pela SES-MG para atualização diária do painel de monitoramento de casos que pode ser acessado através do link: www.saude.mg.gov.br/aedes/painel.

 

* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata