Nas redes sociais, a vítima compartilhava fotos de viagens e a prática de esportes; antes da tragédia, Hegler compartilhou preparativos para o carnaval -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)

Nas redes sociais, a vítima compartilhava fotos de viagens e a prática de esportes; antes da tragédia, Hegler compartilhou preparativos para o carnaval

crédito: Reprodução/Redes sociais

Um jovem que gostava de viajar e praticar esportes. Assim era Hegler Ayran Viana Quirino, de 32 anos, que morreu na madrugada desta sexta-feira (9/2) ao perder o controle da bicicleta, bater na mureta de proteção do ribeirão Arrudas e cair às margens do rio. Uma testemunha presenciou o momento do acidente, na altura do cruzamento entre as avenidas dos Andradas e do Contorno, no bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Nas redes sociais, a vítima compartilhava as fotos das viagens que fazia e de esportes, inclusive ciclismo. O perfil dele indica que Hegler estava em Jericoacoara (CE) antes da capital mineira.

 

Nos stories postados poucas horas antes do óbito, o jovem compartilhou a preparação para desfilar no Bloco da Bicicletinha. Ao lado de outras pessoas, o ciclista se divertia e aparecia com trajes carnavalescos. Em outros registros, ele aparece ao lado de uma bicicleta.

O grupo se concentrou na noite dessa quinta-feira (8) na Praça da Bandeira, Centro-Sul de BH. O destino final era o Viaduto Santa Tereza, no Centro. Por volta das 2h desta sexta, os bombeiros foram acionados para atender a ocorrência de queda no Arrudas.

O bloco, que é um dos maiores do Carnaval da capital mineira, propõe o uso do espaço público e a mobilidade ativa no coração da cidade. Neste ano, o Bicicletinha completou 10 anos e o tema foi inspirado nos anos 80.

Pelas redes sociais, o bloco prestou solidariedade à família de Hegler. Conforme o posicionamento, o local do acidente não estava na rota do cortejo. O Bicicletinha explicou que por volta das 2h15, após a dispersão do bloco, dois batedores do grupo - que voltavam para casa - encontraram um ciclista às margens do Ribeirão Arruda pedido ajuda. No local, a dupla viu que outro atleta havia caído dentro do ribeirão. Os integrantes da organização do bloco então permaneceram no local e informaram os demais organizadores. 

"Após chamarem a emergência, comunicaram no grupo de batedores do bloco o ocorrido. Apesar do bloco já ter terminado e estar em dispersão, a coordenadora de segurança do bloco, em conjunto com mais 4 pessoas da equipe de batedores, se deslocaram ao local do acidente - que não fazia parte da rota do cortejo - para prestarem apoio a toda situação. O grupo aguardou a chegada do SAMU e a família foi notificada pelas autoridades para buscar os pertences da vítima", informou o Bloco da Bicicletinha. 

 

Comoção

A morte do rapaz, conhecido como Gui e Guiziga, gerou comoção nas redes sociais. Amigos e conhecidos lamentaram a tragédia. Comentários publicados pelos internautas nas fotos de Hegler, eles se mostraram desolados e ainda sem acreditar na morte do colega. Outros aproveitaram para compartilhar fotos ao lado do ciclista nos stories, prestando homenagens a ele.

“Hoje o céu está brilhando de alegria. Que Deus te receba de braços abertos. Te amo!”, disse um perfil. “Só quem teve o privilégio de te conhecer, sabe da sua potência! vá em paz, Guiziga”, postou uma mulher.

“Acordei e a primeira notícia que tive foi essa. Estou com o coração partido… não consigo acreditar!”, lamentou outra amiga do rapaz. Outro perfil também se solidarizou: “À família e amigos do Guinho em BH, eu desejo muita força pra superar essa dor”.


Ocorrência

A queda de Hegler no Arrudas ocorreu por volta das 2h. Os bombeiros foram acionados e, no local, fizeram manobras de ressuscitação. Uma testemunha contou ter visto o ciclista caindo no rio e, depois, inconsciente. A vítima foi retirada das margens e um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o óbito.

O corpo ficou sob a responsabilidade da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) até a chegada da perícia da Polícia Civil. Depois, foi removido para o Instituto Médico-Legal (IML).