Mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika -  (crédito: AgÃ?ªncia Brasil)

Mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika

crédito: AgÃ?ªncia Brasil

Belo Horizonte terá dois Centros de Atendimento à Dengue (CAA) e uma Unidade de Hidratação (Unidade de Reposição Volêmica- URV). A ação faz parte de um plano da prefeitura (PBH) para combater a escalada de casos de doença e desafogar os Centros de Saúde.

 

 

A unidade de hidratação ficará na Região Centro-Sul de BH, junto de um Centro de Atendimento. Enquanto o outro CAA será instalado na Região de Venda Nova. O plano de ação para atender toda a população com sintomas da doença também inclui reforço com cerca de 600 profissionais e abertura de seis Centros de Saúde aos finais de semana.

 

Nesta quarta-feira (31/1), a PBH anunciou que a capital chegará a uma epidemia de dengue no final de fevereiro e início de março. Segundo o Secretário Municipal de Saúde, Danilo Borges, o momento é preocupante, mas não há necessidade de declarar situação de emergência na capital.

 

Hoje, são 947 casos confirmados de dengue e outros 5.781 suspeitos. Já a febre chikungunya tem 59 confirmados e 133 em investigação. Não há casos de Zika.

 

Também haverá ampliação dos plantões em UPAs e aumento da oferta de exames diagnósticos de dengue.

O que é feito ao longo do ano?

 

Todas as ações de prevenção são executadas o ano inteiro, com monitoramento de locais com foco, aplicação de larvicidas, mutirões de limpeza e armadilhas constituídas de um vaso de planta preto (ovitrampas), no qual é adicionada água, uma palheta de madeira e substância atrativa para o mosquito.

 

Apesar das ações públicas, é necessário que cada morador faça a limpeza da própria casa e mantenha o ambiente limpo, sem água parada. Segundo o médico infectologista Unaí Tupinambás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 78% dos criadouros estão nas casas.

 

“É importante estarmos atentos aos ralos e objetos que possam acumular água. Nos apartamentos costumam ter menos possibilidades, mas nas casas é necessário olhar calhas, vasos de plantas, qualquer lugar que acumule água no quintal, locais que escorrem água de chuva, sacos plásticos e garrafas PETs. Além disso, toda a população deve vigiar, conversar com vizinhos e falar sobre a importância de cada um fazer sua parte. É uma ação coletiva”, diz.

 

 

Ainda conforme o poder municipal, para a identificação das áreas mais vulneráveis são utilizados os resultados obtidos no monitoramento com as ovitrampas e no Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) associados à notificação de casos suspeitos e confirmados das doenças em cada território.



A presença do vetor é monitorada em todo o município por meio de armadilhas de oviposição (ovitrampas), instaladas quinzenalmente, durante todo o ano, abrangendo raios de 200 metros.



O LIRAa é realizado uma vez ao ano, em outubro. A Secretaria Municipal de Saúde divulga as áreas da cidade com maior ocorrência de focos do Aedes aegypti e também os criadouros predominantes desse vetor.