O homem suspeito das agressões às crianças continua foragido -  (crédito: Reprodução/Freepik)

O homem suspeito das agressões às crianças continua foragido

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O Conselho Tutelar dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes de Buritis, no Noroeste de Minas Gerais, ouviu, na tarde desta quarta-feira (17/01), os depoimentos das três crianças que foram resgatadas na noite da última segunda-feira (15/01) em Santa Maria (DF), após denúncias de maus-tratos. As mães das crianças também foram ouvidas. As vítimas receberão acompanhamento psicológico.


Embora as vítimas sejam de Buritis, a investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Distrito Federal, tendo em vista que o caso aconteceu na cidade-satélite de Brasília. O Conselho Tutelar de Buritis apoia os responsáveis pela apuração.


O resgate das vítimas foi feito por equipes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e da Polícia Militar de Goiás (PMGO). As três crianças estavam em Santa Maria desde dezembro, passando férias na casa dos tios. O caso foi descoberto depois que o Conselho Tutelar de Valparaíso de Goiás recebeu uma denúncia anônima, que dizia que, dentro da residência, no Residencial Santa Maria, as crianças estavam sendo agredidas.


Foram resgatados dois irmãos - uma menina, de 7 anos, e um garoto de 9; e um primo deles, de nove. Conforme informações da PMDF, na casa onde as vítimas se encontravam em Santa Maria, foi constatado que o tio batia nas crianças e a mulher dele se omitia. Os policiais notaram, também, marcas de agressões por todo o corpo das crianças, que foram encaminhadas para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) do DF.


A mulher do tio das crianças foi presa e assumiu as agressões, mas as crianças disseram que foram espancadas pelo tio, que fugiu, sem ser localizado.


No início da noite desta quarta-feira, uma conselheira tutelar de Buritis, que atua no caso, confirmou que as crianças e suas mães foram ouvidas na sede da entidade. No entanto, afirmou que o teor dos depoimentos são mantidos em sigilo.


Ela informou ainda que as vítimas foram entregues para suas famílias e terão acompanhamento psicológico por pare do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas), vinculado à Secretaria Municipal de Ação Social de Buritis.


Por outro lado, a conselheira disse que recebeu a informação de que a esposa do tio das crianças foi liberada após uma audiência de custódia em Brasília. Ela amamenta dois filhos gêmeos de três meses. Já o homem suspeita das agressões às crianças continua foragido.


A mãe de duas crianças (da menina, de 7, e do garoto, de 9) foi até Brasília, após tomar conhecimento das agressões. Após o resgate, ela retornou com as crianças para Buritis.


De acordo com a reportagem do Portal G1/DF, a mulher contou que os filhos dela e o primo viajaram de férias para Brasília desde o dia 20 de dezembro. Também disse que o próprio suspeito ligou para ela para relatar o que tinha ocorrido.


"Ele alegou que tinha corrigido os meninos e tinha batido, deixado hematomas, e o Conselho pegou. Não imaginava que era tão grave assim. Os meninos estão todos machucados e com hematomas. Para mim, isso foi uma tortura", declarou.