Ocorrência se soma a outras de prestação de socorro a ilhados por cabeças d´água em Minas Gerais -  (crédito: CBMMG / Divulgação)

Ocorrência se soma a outras de prestação de socorro a ilhados por cabeças d´água em Minas Gerais

crédito: CBMMG / Divulgação

Nove ciclistas que faziam uma trilha na Serra do Cipó, próximo à cachoeira da Farofa, foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros na tarde desta quinta-feira (11/1). Eles passavam por uma trilha de acesso à queda d'água, mas acabaram ficando ilhados quando o nível do Rio Mascote subiu.

 

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De acordo com os militares, o próprio grupo acionou a corporação. O resgate foi feito com o auxílio do helicóptero Arcanjo. Não houve feridos.

A ocorrência se soma a outras de prestação de socorro a ilhados por cabeças d'água. No último domingo (7/1), 16 pessoas ficaram presas na Cachoeira de Braúnas, uma das mais conhecidas do Parque Nacional da Serra do Cipó. O fenômeno meteorológico é caracterizado pelo aumento momentâneo no nível de água em rios, principalmente, durante o período chuvoso.

O sargento do Corpo de Bombeiros, Allan Azevedo aponta que o episódio se assemelha a um tsunami. “Quando um temporal acontece na cabeceira de um rio, o volume de água pode subir vários metros em poucos segundos. O mesmo ocorre em cachoeiras. Existe uma falsa sensação de segurança por não estar chovendo no onde as pessoas estão.”

 

Azevedo orienta que as pessoas fiquem atentas ao aumento repentino do nível ou à força da água. “A chuva pode, inclusive, começar a quilômetros de distância onde as pessoas estão se banhando, mas rapidamente se acumular e, em seguida, descer de forma violenta levando tudo pelo caminho. Os banhistas também podem identificar que uma cabeça d’água está a caminho por meio de uma grande quantidade de pássaros sobrevoando o local, pois são animais que abandonam pontos de risco. Outro indício é que a água também costuma mudar a coloração, ficando mais barrenta, com a presença de galhos e folhas.”

 

Nesta quarta-feira (10/1), o governo de Minas divulgou um alerta em decorrência da possibilidade de aumento de ocorrências de cabeças d’água. Caso o local já possua sinalização de alertas para ocorrências do tipo, a recomendação é que turistas redobrem a atenção diante de qualquer indicativo de precipitações.