A prisão em flagrante do pedreiro suspeito de roubar, ameaçar e estuprar uma mulher no apartamento dela no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi convertida para preventiva. A determinação foi feita em audiência nesta quarta-feira (8/11)

A juíza de direito, Adriana Garcia Rabelo, da Comarca de Belo Horizonte e responsável pela decisão, afirmou que os depoimentos do suspeito e da vítima demonstram indícios da autoria do crime pelo pedreiro. A magistrada ainda afirmou que a conversão da prisão em flagrante para preventiva é “absolutamente imprescindível” para o resguardo da vítima e da ordem pública.

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Além disso, a juíza ainda levou em consideração a reincidência do réu, que está cumprindo pena por lesão corporal. Por fim, ela destacou que, em casos de crime praticados contra a dignidade sexual, a palavra da vítima em conjunto com outros indícios é considerada suficiente para conclusão da autoria.



Entenda o caso

O crime aconteceu na manhã desta segunda-feira (6/11). A vítima, que é médica, estava chegando em casa, quando encontrou o pedreiro, que trabalha em uma obra no condomínio, e o cumprimentou. Em seguida, já dentro de seu apartamento, o homem teria tocado a campainha e afirmado que estava sentindo cheiro de vazamento de gás.


Por já conhecê-lo, e saber que o edifício passava por obras, a vítima autorizou a entrada do pedreiro. Uma vez dentro do imóvel, o homem teria trancado a porta e passado a ameaçar a vítima, pedindo dinheiro e dizendo que a faria mal. Ele então teria pegado o celular da médica e feito compras em sites de apostas e transferências bancárias. Ao todo, o homem roubou R$ 4.496,63.

Em seguida, o homem amarrou os braços e pernas da vítima com os cadarços de tênis dela, a levou para um quarto e a estuprou. De acordo com a delegada Larissa Mascotte, responsável pelo caso, além de diversos atos libidinosos, o suspeito também teria tentado penetrar a vítima, mas não teria conseguido ter ereção. Durante o exame de corpo e delito, ainda conforme a delegada, ficou constatado que a vítima possuía diversos machucados em suas partes íntimas.

Em seu relato à polícia, a vítima afirmou que o homem chegou a procurar por algum material inflamável dentro da residência e ao não encontrar teria ameaçado, mais uma vez, sua vida. “Ela relatou que tinha certeza que ele colocaria fogo nela, ou na residência. Mas como ele não encontrou [fogo], ele olha nos olhos dela e fala que ela seria a primeira a sair viva, que as outras mulheres que ele teria estuprado ele teria matado”, relata a delegada.

Assim que conseguiu se soltar, a médica acionou a Polícia Militar e fez a denúncia. Ela foi encaminhada para o hospital, onde passou pelos procedimentos de profilaxia pós-exposição e pelas perícias necessárias. O homem foi localizado e preso horas depois. Ele estava em casa quando foi detido.

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