Cachorrinha Beth desaparecida desde sábado (25/11) em BH -  (crédito: Arquivo Pessoal/Reprodução)

Cachorrinha Beth desaparecida desde sábado (25/11) em BH

crédito: Arquivo Pessoal/Reprodução

Criminosos estão aplicando um novo golpe em donos de pets de Belo Horizonte. Ele funciona assim: quando um cachorro desaparece, os marginais, aproveitando do momento de fragilidade, entram em contato com o dono avisando que conseguem resgatar o animal e pedem dinheiro para isso, mas nada acontece depois do pagamento.

A psicóloga Paula Perdigão, de 28 anos, caiu no golpe quando a cadela Beth desapareceu na noite de sábado (25/11), no Centro de Belo Horizonte. Na mesma noite, o animal foi visto na rodoviária da capital mineira e na obra da Praça da Estação.

À procura de Beth, Paula anunciou nas redes sociais o desaparecimento do pet. No domingo (26/11), a dona do cachorro recebeu uma ligação dizendo ser de um traficante. Informou que um "usuário de drogas havia trocado minha cachorra por crack, e que ele me devolveria mediante o pagamento de um valor, que deveria ser metade adiantado para que ele saísse do local onde estava", conta a vítima do golpe.

“Ele me disse que não poderia me enviar fotos da cachorra para não comprometer seus dados pessoais, já que era um traficante. A ligação durou 35 minutos e a todo tempo ele ameaçava matar minha cachorra. Citou características físicas da cachorra que eu ainda não havia divulgado nos anúncios públicos, por isso acreditei que ele realmente estava com ela. Fiz três transferências via Pix totalizando R$ 588”, conta.

print de uma conversa do whatsapp

Print das conversas com os supostos criminosos

Arquivo Pessoal/Reprodução

Paula desligou a chamada, mas o criminoso continuou ligando novamente, ameaçando encontrá-la e matar a cachorra. Ela acredita que os números que entraram em contato com ela sejam clonados. “Uma vez que encontrei o mesmo número na internet depois e estavam associados a empresas ou outras pessoas, e me bloquearam logo em seguida”, afirma.

Depois deste acontecimento, Paula registrou um Boletim de Ocorrência e está tentando de tudo para encontrar Beth. A moça tem conversado com pessoas em situação de rua do Centro de BH e colou cartazes nos postes da Lagoinha. Também contratou um carro de som para passar pelo Centro divulgando a informação e publicou um vídeo no TikTok há três dias, que já tem mais de 15 mil visualizações.

“Recebi orientações da Prolpet, plataforma de mídia que faz divulgação de pets desaparecidos, que esse tipo de golpe tem acontecido com diversas pessoas que fazem anúncios à procura de animais. Fui informada pela Prolpet que hoje há gangues especializadas que acompanham esses anúncios e realizam esse tipo de golpe”, explica.

O relato de Paula deixa um alerta para outras pessoas que estão passando ou podem passar por situação parecida com a dela.

Confira as orientações da Prolpet para os donos de pets de BH.

- Fique atento com as ligações com números privados solicitando Pix para entrega do pet, peça um vídeo do pet, caso não enviem ou enrolem para enviar, pode bloquear.

- Os golpistas ameaçam, falam que te conhecem, sabem onde mora e pedem para o tutor não falar com ninguém, aproveitando o momento de fragilidade. Lembre-se, o endereço que deve ser colocado é de onde o pet foi visto pela última vez e não da residência do tutor. 

Paula está oferecendo uma recompensa de R$ 1000 para quem encontrar Beth, que é uma cachorra de pequeno porte, parecida com um pinscher da cor preta e branca. Pessoas que souberem do paradeiro da cachorrinha, sem golpe de pedir dinheiro antecipado e realmente encontrar o animal, basta chamar Paula no número (31) 99127-5552.

cartaz de procura-se

Dona de Beth irá recompensar em R$ 1000 para quem encontrar a cachorra

Arquivo Pessoal/Reprodução