fsafas -  (crédito: Túlio Santos/EM/D.A Press)

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crédito: Túlio Santos/EM/D.A Press

 Uma construção histórica localizada no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte, desempenha um importante papel social na capital mineira. Desde 2016, o Castelinho da Floresta, prédio em estilo eclético com inspiração art nouveau, construído em 1918 no número 210 da Rua Varginha, abriga o Centro Pop Miguilim, serviço ofertado para crianças e adolescentes em situação de rua.


O edifício, assinado pelo arquiteto, desenhista e pintor italiano Luiz Olivieri e pelo arquiteto português Manoel Ferreira Tunes, foi inicialmente projetado para ser residência familiar, com dois pavimentos e uma torre lateral de quatro andares. O imóvel assumiu diferentes funções ao longo das décadas, funcionando entre os anos 1960 e 1950 como pensão para famílias e recém-chegados à capital em busca de emprego, estudo e novas oportunidades.


No final da década de 1960 até meados dos anos 1980 abrigou o Hotel Palladium. A casa foi tombada em 1996, pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, mas acabou sendo abandonada depois de um incêndio em 2002.


Cerca de 14 anos depois, o Instituto MRV comprou o imóvel e fez uma restauração completa, doando o edifício à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Em 2016, a área de 681,21 metros quadrados foi totalmente reformada e o projeto, que custou R$ 1,2 milhão, permitiu a recuperação da estrutura comprometida e o levantamento de novas paredes, lajes, vigas e pilares. O telhado ganhou cobertura em cerâmica francesa e um novo assoalho em madeira foi instalado.


Portas e janelas em madeira foram substituídas por outras exatamente iguais às originais. Toda a obra foi acompanhada pela Fundação Municipal de Cultura, para garantir que todas as características do edifício tombado fossem preservadas.


Atualmente, o Castelinho da Floresta tem capacidade para atender 50 crianças por dia, e funciona como sede do Projeto Miguilim. Criado há 30 anos, o projeto é especializado no atendimento e acompanhamento de crianças e adolescentes em situação de rua.


A iniciativa é considerada referência de proteção social a esse público, e utiliza também arte e trocas interpessoais para a construção do processo de saída das ruas e reintegração familiar e comunitária. Atualmente, a construção histórica e importante de Belo Horizonte funciona como o castelo dessas crianças e adolescentes. 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Rachel Botelho