PARA PRESENTEAR

O olhar que muda a vida: Mary Figueiredo convida para eventos no fim de ano

Designer assina curadoria de três "quermesses": duas edições da Feira de Natal no CCBB e a sua tradicional Quermesse na Serra

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Já teve a oportunidade de fazer uma ação que de fato mudou a vida de alguém? Talvez, em algum momento, sem perceber fazemos algo que ajuda uma pessoa e nem ficamos sabendo. Mas já fez, conscientemente, alguma ação que transformou uma vida? Pois é isso que Mary Figueiredo Arantes tem feito há anos.

Nascida no Vale do Jequitinhonha, artista nata, Mary é a caçula de oito irmãos. A mãe era professora primária – e deve ter feito só o primário –, e o pai era alfaiate. A família nunca passou fome, mas viviam na escassez natural da região. A casa não tinha geladeira. E onde há falta, sobra criatividade. Cresceu entendendo sobre sustentabilidade e reaproveitamento porque na sua casa não tinha lixo. Cascas de legumes e de ovos viravam adubo e o banheiro era fossa, ou seja, um buraco no chão, e tudo que por lá ficava, inclusive o papel, era decomposto na terra.

Veio para Belo Horizonte para estudar. E crescida criou a Mary Design, marca de bijuterias que explodiu no Brasil e no exterior com exportação para vários países, inclusive Japão. Tudo isso ao lado do marido, José de Paula Arantes Júnior, mais conhecido como Moreco, que foi o responsável pela parte administrativa, financeira e de suprimentos.

A empresa era exemplo de organização graças a ele. Chegaram a ter 60 funcionários registrados e outros 80 terceirizados. E foi neste momento que eles perceberam que o momento do país não concebia custos tão altos e decidiram fechar a empresa. “Foi um parto, tinha oito representantes nacionais e quatro internacionais. E toda mudança dá medo. Foi muito doído, mas foi necessário”, diz Mary.

Se pensa que a inquieta Mary considerou ficar parada, engana-se. Uma amiga deu a ela a ideia de fazer um bazar, nos moldes do Bazarte – bazar beneficente que ela fez por anos –, só que dessa vez, seria comercial mesmo, com vários participantes. Nasceu assim a Quermesse.

Foi com o Bazarte que a Mary começou a fazer curadoria, mesmo sem perceber. Como eram vários expositores e muitos tinham o mesmo seguimento, ela direcionava o que cada um deveria levar para não ficar peças parecidas, ou expositores semelhantes com as mesmas cores, nem levar peças que não combinavam com a histografia ou com a temática do evento.

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Cerâmica Cerradão e Stela Carmona
Cerâmica Cerradão e Stela Carmona Quermesse da Mary/Divulgação



Mary faz questão de ir na casa dos produtores artesão ou em seus ateliês porque ela consegue conhecer assim a essência da pessoa - e acaba descobrindo verdadeiros tesouros abandonados. “Vejo um pedaço de madeira ou de cerâmica jogado em um canto e pergunto sobre aquilo. Geralmente dizem que é algo que não deu certo. Às vezes eu resgato aquela peça e se torna o melhor do trabalho, ou dali a pessoa dá continuidade e faz uma série. Esse meu olhar vem de onde eu nasci, isso é fundamental em toda minha história, primordial, porque foi no Vale do Jequitinhonha que eu aprendi a fazer o melhor que eu podia com nada, com a simplicidade dos materiais, na quase escassez”, conta.

Mary se tornou consultora do Sebrae e viajou o país inteiro com o projeto Talentos do Brasil achando que seria uma troca de saber com as pessoas das comunidades pequenas e carentes, fazendo trabalhos manuais para aumentar a renda. “O artesanato sempre surge da necessidade de um povo, e o artesão quase nunca compra o material, a base com a qual ele trabalha. É o barro que está no rio, o tronco de madeira que caiu na mata que ele pega e trabalha, esculpe, dá forma”, explica. Não precisa falar que Mary aprendeu muito mais do ensinou. Inclusive ela fez um trabalho com dr. Márcio Miranda de relações interpessoais, por quase dois anos, para aprender sobre escuta, que ela diz que mudou sua vida.

As histórias, as experiências vividas e os casos são muitos e cada um mais interessante que o outro, e foi toda essa vivência que deu à Mary Arantes a bagagem que a transformou nessa curadora competente e sensível, profunda conhecedora do artesanato brasileiro. E ela continua vagando por essas estradas de terra batida, indo a pequenas casinhas no meio do nada para achar talentos e jogar luz sobre eles.

A fada do bem não se contenta em descobrir o artesão e trazê-lo para uma quermesse. Ela também o ensina a precificar seu trabalho, a dar nome para a coleção, ela fotografa suas peças, ajuda a escrever sua história, prepara o artista para falar sobre o que faz. E tudo isso sem cobrar um centavo.

As viagens dos artesãos para BH são patrocinadas pela Fundação beneficente Valley for Vale, criada por Andrea Fiuza Hunt, residente em Nova York, que custeia as passagens, transporte das peças, hotel e alimentação.

Mary diz que um dos maiores cases de sucesso dela é a Madame Frufru, de Miriam Thomé, que ela conheceu vendendo tapete na rua. “Ela vendia tapetes de frufru em forma de joaninha, girassol etc. Muito bem-feito. O avesso era perfeito. Ela é uma mulher negra, maravilhosa, um sorriso encantador. Um dia minha nora perguntou se eu já tinha reparado que quase não tinha negro na minha quermesse. Isso foi uma facada para mim e fui atrás da Miriam e disse que eu queria dar uma consultoria para ela. Foi das coisas mais lindas, porque ela diz que eu a ensinei a olhar o mundo com outros olhos. Ela diz que hoje ela olha o mundo com olhos de coruja. Ela dançava na exposição, ela entendida que se ela recortasse cada quadro daria um tapete diferente. Aí caiu a ficha toda. Eu mostrei várias possibilidades a ela. Ela virou outra, se formou em psicologia, montou consultório. A cabeça dela explodiu. Já foi para a feira Rosembaum várias vezes, já saiu na revista Vogue duas vezes, já exportou”, relembra.

Tatu do Barro e Cátia Magalhães
Tatu do Barro e Cátia Magalhães Quermesse da Mary/Divulgação



Este trabalho tão cuidadoso e apurado de Mary levou o artesanato ao Museu de Artes e Ofícios e agora leva ao CCBB em duas edições do Salão das Artes, a primeira entre essa quinta-feira e domingo (11 a 14/12), e a segunda de 18 a 21 de dezembro, sempre das 10h às 20h, com entrada gratuita. O Salão das Artes acontece pela primeira vez e compõe a programação oficial da Vila Mineiridade, novo espaço instalado na Praça José Mendes Júnior, entre a Rua da Bahia e a Praça da Liberdade, projeto de Aluizer Malab, da Malab Produções. E é maravilhoso ver a valorização dos artesãos.

Além do Salão das Artes no CCBB, Mary também faz a sua tradicional Quermesse da Mary, nos dias 12, 13 e 14, na Rua Ivaí, na Serra. São três oportunidade para adquirir presentes originais, criativos, bonitos, exclusivos, artísticos e artesanais.

No antigo showroom


No encontro na Serra, onde costumava funcionar o showroom da Mary Design, são 42 expositores, incluindo o time da gastronomia. Entre eles, está  Daniel Santana, um ceramista de Cachoeira do Fanado, pequena comunidade de Minas Novas. Aos cinco anos fazia burrinhos e bois de cera de abelha. Depois que saiu da sua terra foi no fundo do poço, mas lembrou das esculturas que fazia, e lembrou da palavra “dom”, que as pessoas diziam que ele tinha, e voltou para a casa de sua mãe, que também é ceramista.

Daniel hoje faz peças únicas. Por mais que crie vários burrinhos com cangalhas, ou mulheres, as características de cada trabalho nunca são iguais. Transfere para a cerâmica as cenas do cotidiano, o que está ao redor: um senhorzinho penteando o cabelo da esposa, os animais que vivem no seu quintal e até mesmo dentro de sua casa. Mais uma descoberta de Mary que colocou holofote sobre o artista e sua obra.

Analuz Pereira é uma marca que nasce da paixão da criadora pelas artes - a cerâmica é meio de expressão. A pesquisa artística de Ana encontra na ancestralidade, nas conexões entre os povos sul-americanos, as culturas indígenas e a diáspora africana na Amazônia, sua personalidade.

As peças são produzidas a partir de técnicas ancestrais, reinterpretadas no diálogo entre tradição e contemporaneidade. Objetos sonoros — apitos, ocarinas e outras formas — que exploram a materialidade, o som e a memória como elementos poéticos e identitários, estão no cerne do trabalho.

No charmoso pedaço de cerrado em Dores do Indaiá, no interior mineiro, a fazenda Cerradão é onde Cecília Maria colhe pequenas porções de argila e de esperança. É explorando o barro marrom de coloração inusitada, o barro próprio, encontrado especificamente na propriedade do pai, que a bibliotecária por formação faz da cerâmica uma forma de reabrir as páginas sobre viagens, desenhos, pessoas, pesquisas, ferramentas e outras escritas por vir.

Cecília começou a ter aulas com Erli Fantini em 1995, e agora a marca que criou se dedica ao estudo do manejo dessa 'terra' que familiarmente lhe pertence. Na produção, colares de bola, porta ovos, cumbucas, jogos de brincar.

Fauna, flora e paisagens inspiram cada criação de Stela Carmona. Nascida no Paraná, cresceu sob o céu de Brasília, entre o cerrado e as superquadras que marcaram sua infância e, hoje, vive em Nova Lima, cercada por montanhas e vales, onde mantém seu ateliê e dá continuidade à sua trajetória criativa.

A artista plástica desenvolve trabalhos em acrílica sobre tela, pintura em porcelana e cerâmica. No ateliê, exibe peças exclusivas em cerâmica, modeladas e pintadas à mão. São objetos que transitam entre o decorativo e o utilitário, trazendo à tona a riqueza da fauna e flora do cerrado, cenas urbanas e elementos das paisagens naturais que norteiam sua obra. Cada elemento carrega a identidade de Stela: o olhar sensível para o cotidiano e a natureza, traduzido em formas únicas e expressivas.

As cerâmicas autorais da Tatu do Barro, marca de Manu Onofre, entra no evento com peças de decoração e utilitárias, todas moldadas manualmente por ela. O trabalho em cerâmica artesanal, que começou em 2024, quando Manu viveu a transição de carreira do mundo da engenharia para a arte, celebra a conexão com a natureza e o prazer da criação, reflexo de sua jornada pessoal em busca de um ofício mais significativo e prazeroso. Em destaque, canecas, jarros, queijeiras e vasos inspirados na fauna e flora brasileiras, em uma união entre função e arte.
 

Joias, bijus e acessórios

Com joias que se encontram no cruzamento entre moda e arte, a joalheira Cátia Magalhães faz peças que transitam entre casualidade e refinamento, entre a leveza do acaso e a necessária beleza. Produz joias artesanais, cuidando de cada escultura, de cada detalhe. Seu modo de criação passa por suas mãos até se fixar na prata, seu material de base, que conversa com pedras, sementes, tecidos, linhas e outros elementos, como penas, presentes em sua coleção atual. São anéis, brincos, colares e broches, que surgem entre os achados diários de seu gabinete de curiosidades.

Carlos Penna produz brincos, colares e anéis feitos com irreverência. Ele acredita no que faz, ama o que faz, sem se preocupar se o que o que o mercado pede é o comercial - abre um lugar todo seu e conquista clientes fora da caixa.

Carlos Penna e Lívia Canuto
Carlos Penna e Lívia Canuto Quermesse da Mary/Divulgação


Com originalidade, extravagante ou não, Carlos Penna é um designer de joias que se joga, sem receio de extrapolar. Desde borracha, madeira e pedras naturais até pregos, vedações de janelas, materiais elétricos, brita, carvão, grama sintética, plantas desidratadas, nenhum material é deixado de lado ou menosprezado - recriá-los, para além do uso rotineiro, é o que identifica o trabalho.

Lívia Canuto é mestra em joalheria. Vem do Rio de Janeiro com toda carga de modernidade que suas peças inspiram. O ouro e a prata são os banhos de escolha. Tudo começa na bancada de ourivesaria, onde pratica sua paixão pelo ofício. Lívia se encanta pelo lixar, soldar e moldar - gosta de aproximar joia e arte. Além da matéria-prima, para ela joia é conceito, tema, reflexão e poesia.

Nascem joias que falam de liberdade de expressão e beleza. No centro da coleção Alecta, que apresenta na Quermesse, uma escultura-manifesto revela a origem conceitual da colaboração: uma forma que se abre, que corta para florescer. Cada curva, cada vazio, fala de uma força que insiste e resiste com delicadeza. Alecta é mais que uma coleção: é um corpo de ideias.

A mineira Bárbara Teles é psicóloga de formação, mas encontrou no design sua verdadeira paixão. Babi desenvolve acessórios atemporais, versáteis e de qualidade - assim é a Copella, marca criada em 2005 que tem como foco a produção de joias em prata 925, algumas em banho de ouro, que vão do clássico ao contemporâneo, das formas geométricas às orgânicas.

Além da prata, são utilizados outros materiais como pedras naturais, pérolas e cristais austríacos. Produzidos em Minas, com mão de obra de ourivesaria, os itens transcendem tendências - primam pela elegância e design duradouros, prezam por formas genuínas, sempre em design limpo e puro, com qualidade das matérias-primas, em uma cartela de cores preciosa. A intenção da etiqueta é lançar produtos que façam sentido quando dialogam uns com os outros.

Copella e Kadao
Copella e Kadao Quermesse da Mary/Divulgação



Kadao é um projeto de joalheria autoral da ourives italiana Claudia Magnani. Por meio de técnicas antigas, inusitadas e experimentais, Claudia cria ornamentos orgânicos em texturas sugestivas, que evocam raízes ancestrais e elementos primordiais da natureza, como terra, água, vento, madeira, pedra.

Na Quermesse, a artista apresenta a coleção inédita Marea, inspirada no fluxo da maré como metáfora do ciclo da vida e da impermanência do ser. As peças são criadas com técnicas como fusão em osso de sépia, escultura em cera com areia e relevos criados por fold-forming. Feitas à mão, as joias trazem o movimento das ondas, os cristais da areia, as linhas das escamas de peixes, o brilho das pérolas, as rugas das madeiras moldadas pela água.

Diante de um cenário volátil em que a relação do consumidor com a moda vai além do que se deve ou não usar, os acessórios atemporais e versáteis se reinventam como forma de expressão e arte. Entre anéis, brincos, colares e pulseiras, assim surge a marca Luiza Rogi.

Luiza Rogi e Obra Ipanema
Luiza Rogi e Obra Ipanema Quermesse da Mary/Divulgação



Acessórios repletos de personalidade. Com o propósito de satisfazer as exigências da mulher atual, de essência clássica, mas completamente atraída pelo novo, a produção é objeto de desejo e empoderamento. Feitos manualmente, a partir dos mais nobres materiais, os acessórios Luiza Rogi evidenciam a rusticidade dos seus elementos e a construção de formas simples. Não são somente acessórios, mas protagonistas do visual da mulher contemporânea.


Para vestir

Na seleção dos adornos para o corpo, vem do Rio de Janeiro a conhecida e mais que querida das mineiras antenadas, a Obra Ipanema, do estilista Fellipe Chaves Caetano e o designer de joias Ivo Minoni, com suas roupas ancoradas na arquitetura, na arte e no charme carioca de ser. As peças se fazem em dobras, formas não usuais e volumetrias especiais, generosas na amplitude. Com tecidos que se comunicam em linguagem própria, associados a conforto, entre saias, blusas, vestidos e camisões, lembram a roupa feita no Japão - há sempre um espaço entre a roupa e o corpo.

Com aproveitamento total de retalhos de tecidos para criar roupas em pequena escala, o zero waste e o upcycling são o mote do trabalho da Valezero, da estilista uruguaia Valéria Ferré, em um fazer consciente, avesso a grandes produções, ao fast fashion. A marca teve início em 2020, mas as pesquisas e trabalhos preliminares já eram conduzidos há muito tempo pela designer que, em seu DNA criativo, tem predileção por texturas e cores, refletida através de modelagens não convencionais.

Valezero e Toast
Valezero e Toast Quermesse da Mary/Divulgação



A Toast comparece com seu estilo soft e atemporal, mas que flerta com a moda. Coleções cápsulas atendem ao desejo imediato do mercado, com produção exclusiva. Cada série é pensada para as necessidades do momento, buscando sempre conforto e praticidade. Os tecidos tecnológicos são importados e de alta qualidade, além do algodão e viscose com tratamento artesanal japonês como o 'shibori' e 'dip dye'. As peças transitam entre loungewear, streetwear e resort, e primam pela versatilidade e o acabamento impecável.

Memória afetiva

Com o Estúdio Arado, os artistas e designers Bruno Brito e Luis Matuto mostram um trabalho fundamentado em um estudo e divulgação do imaginário rural brasileiro. A dupla forma um estúdio criativo. Trabalham basicamente com papel, produzindo cartazes e figuras, folhinhas, impressos diversos, camisetas e capangas, em um resgate simples, mas alicerçado em uma pesquisa séria e profunda. Entre um galo que deseja bom dia ou a tabela que marca os dias, a produção mostra elementos que ajudam a compreender a formação cultural do Brasil.

Estúdio Arado e Estúdio Veste
Estúdio Arado e Estúdio Veste Quermesse da Mary/Divulgação



O trabalho do Estúdio Veste enaltece a forma com que Daniela Luz e Luísa Luz, tia e sobrinha, revestem a simplicidade da vida em estilo, em encanto. Como designers, poderiam ser ultra avançadas, e são, mas o que fazem é exatamente pegar as coisas corriqueiras do interior e transformá-las em peças de estilo. Têm uma característica carregada de memória, recordações, de infância. São produtos teoricamente muito simples, mas as sacadas são extremamente originais.

Com o foco em tecidos especiais, costura e outros materiais naturais, o desejo de produzir itens para a casa se concretizou em uma linha de utilitários exclusivos, que elas chamam vestes utilitárias. São em essência objetos do cotidiano feitos em tecido, arte-utilitários pensados para vestir a casa e a vida.

Estão no cardápio jogos americanos, passadeiras, toalhas de mesa, guardanapos, cestinhos para servir pães e petiscos, bolsões para parede para guardar objetos, batizados porta-trem, porta-colher, além de cestas para piquenique e sacos de compra, alternativa aos de plástico. O carro chefe são os aventais, concebidos em detalhes.

Pandiprato é marca mineira raiz. Sandrinha Vieira é a cara das divertidas frases e dizeres do mineirês. A proposta é assumir o jeitinho de falar com muito orgulho. Tem "pandiprato", "pandipia" e outros produtos que fazem parte da linha da marca, surgida em 2020, no auge da pandemia, para tirar o tédio como a criadora via os panos de prato convencionais.

Pandiprato e Asas da Terra
Pandiprato e Asas da Terra Quermesse da Mary/Divulgação



Ela conta que resolveu inventar moda. Usou e abusou da licença poética do mineirês para mostrar Minas Gerais para o mundo, e a partir da cozinha, a melhor parte da casa para os mineiros. E para estar na cozinha de todos, falando dos mineiros. São 32 modelos de panos de prato espalhados por aí.

Da madeira e o ser criança

As obras de marcenaria criativa da Asas da Terra vêm da ancestralidade de Claudia Chiari, cujos avós maternos eram imigrantes italianos e, na infância da produtora, já trabalhavam a madeira. O desenvolvimento do seu minucioso ofício com peças decorativas a levou a explorar a mesma matéria, celebrando uma conexão com o meio ambiente por meio da utilização de madeira de reflorestamento. São concepções que se rendem à beleza de figuras animais e vegetais. O amor a Belo Horizonte também aparece em elementos que evocam a cidade e sua paisagem afetiva e arquitetônica.

Bruna Flores e Maciço
Bruna Flores e Maciço Quermesse da Mary/Divulgação



A marceneira e arquiteta Bruna Flores produz peças autorais de decoração e utilitários inspirados na cultura brasileira e em objetos vintage. Seus estudos de arquitetura e design se juntaram com a vontade do fazer, levando-a para o caminho da marcenaria e da produção de design artesanal. O trabalho parte de experimentos com técnicas e materiais diversos, centrado na valorização da madeira e do feito à mão.

As criações nascem a partir do material que se apresenta e também do desejo de trazer beleza e intenção para diferentes momentos do cotidiano. São objetos que propõem um design com identidade e simplicidade e que trazem protagonismo para a materialidade de cada peça.

A Maciço é uma marca jovem no setor de esculturas em madeira. É uma oficina de família que nasceu da paixão por detalhes, facas afiadas e pela madeira. Do trabalho surgem patos, vasos, tábuas e outros objetos, artisticamente esculpidos.

Em 2020, Nathália e Glaicon Oliveira deram início a algo que traria uma fuga de toda a ansiedade da pandemia. Da produção inicial de peças utilitárias para o próprio consumo, o leque se abriu. Depois de muitos estudos, se reestruturaram e se tornaram uma marca que imprime paixão em cada objeto, que traz familiaridade e memória afetiva pelo design, como os patinhos de borracha que foram brincadeiras de infância e as colheres de pau, usadas por gerações.

A oficina de que se originou a Brotos foi criada em 2016, no momento do nascimento da filha do criador, André Perillo. Os brinquedos de madeira não estruturados alimentam a imaginação, a criatividade e o desenvolvimento integral da infância. Grande parte dos brinquedos e objetos são produzidos com madeiras reaproveitadas de sobras da marcenaria ou resgatadas de descartes.

Brotos e Criando Asas
Brotos e Criando Asas Quermesse da Mary/Divulgação



Os brinquedos convidam a criança a ser protagonista da própria brincadeira. Toquinhos de madeira viram cidades, castelos, banquinhos. O Balancê se torna barco, ponte ou cama para leitura... O brincar livre floresce e com ele as habilidades motoras, cognitivas e socioemocionais. A madeira é um material vivo, quente e cheio de texturas. Tem peso, cheiro e temperatura, promovendo uma experiência sensorial rica, que fortalece a percepção corporal e estimula a coordenação motora. Afinal, o brincar é um direito e um caminho fundamental para o desenvolvimento humano.

Como um voo coletivo, um movimento de valorização da infância, da produção artesanal e do empreendedorismo feminino, o Criando Asas celebra o ser criança com leveza, criatividade e significado. O coletivo, nascido em 2024, reúne marcas autorais mineiras lideradas por mulheres, e acredita que brincar e vestir podem ser experiências que despertam afeto. O nome traduz o espírito: dar asas à imaginação.

Enquanto as criadoras alcançam novos horizontes, os pequenos encontram em cada roupa e brinquedo um convite para explorar o mundo de forma lúdica e livre. À frente do coletivo está Olga Obeica, mãe e entusiasta do universo infantil, que conecta criadoras e famílias, imprimindo identidade e propósito ao movimento.

A My Little Doll é o encontro entre a psicologia, a arte e a magia da infância. Talita Miranda é psicóloga e consteladora familiar, apaixonada por arte e desenho. Em 2021, inspirada pela vivência de sua filha em uma escola Waldorf, criou seu primeiro presépio de PegDolls, em uma maleta artesanal, para o tradicional bazar de fim de ano. O sucesso foi imediato.

My Little Doll e Olio
My Little Doll e Olio Quermesse da Mary/Divulgação



Os produtos são feitos com materiais naturais, sustentáveis e duradouros, pintados à mão. A marca surgiu no Natal e até hoje essa é uma de suas coleções mais encantadoras. Agora a criação ganha outros cenários, como contos de fadas, presépio, casinhas, histórias clássicas. Pegdolls individuais lembram artistas, celebridades e personagens icônicos, em caixinhas de madeira ou cúpulas de vidro.

Roupa para a meninada

Para os pequenos, a Oli.o, de Paloma Okano, é roupa infantil com cara de criança - caminha pela limpeza das formas e, em tecidos como linho e algodão, trabalha o conceito da marca infantil em peças como o desejado kimono japonês, concebido para os pimpolhos daqui. Com peças artesanais para crianças de 0 a 8 anos, a etiqueta foi criada pela arquiteta que, ao virar mãe, mergulhou nesse universo e se perdeu por lá. As roupas são slow fashion - da concepção à execução, a prioridade é o acabamento, não o tempo. Com modelagens confortáveis, looks minimalistas e atemporais, os tecidos são fresquinhos, adaptados ao clima do Brasil. Há peças com tiragem limitada, pintadas à mão, algumas únicas.

As peças são projetadas para durar e acompanhar muitas infâncias, histórias e aventuras diferentes. Tudo pensado com carinho por Paloma, em colaboração da Olivia, que já dá muitos palpites, além de testar e aprovar as peças antes de entrarem para a coleção.

Duas artistas que se encontram entre mesas repletas de retalhos e objetos têxteis, trocam ideias, misturam materiais improváveis e experimentam novas formas de costurar narrativas. Cria Pequena nasceu de uma pesquisa com bonecos de pano e outros elementos em tecido, na pandemia. De forma orgânica, evoluiu para um projeto que ganha vida em oficinas de bonecos de pano, abertas ao público e integradas ao cuidado da saúde mental no SUS em BH. É uma das vertentes da produção da artista Carol Merlo.

Cria Pequena e Tulisse
Cria Pequena e Tulisse Quermesse da Mary/Divulgação



Tulisse, criada em 2012, se apresenta como um território de expressão artística que habita a autora desde sempre. Tecidos, texturas, manualidades e processos experimentais formam a criatividade de Maíria Tula. Cada peça é feita a mão, com cuidado, intenção e caráter único. As marcas se unem para participar do evento de Mary Arantes.

Bem-estar

A Perfetto Saboaria cria sabonetes veganos, sólidos e líquidos, com hidratantes, difusores e home sprays perfumados, para uma experiência em um dos momentos mais íntimos e relaxantes: o banho. A marca participa da Quermesse com os produtos para o bem-estar que são verdadeiras obras de arte, estampados em relevo, transportando poemas do viver e do banhar. Neles, pássaros compõem paisagens que derretem no corpo, flores que desabrocham em um leve lavar de mãos. Folhas, anjos, fadas e sabonetes temáticos também fazem parte das coleções, assim como sabonetes com esfoliantes naturais como sal grosso, chia e alecrim. Com fragrâncias variadas e aromas exclusivos, a Perfetto é para se vivenciar.

Perfetto Saboaria e Ubuntu Nation
Perfetto Saboaria e Ubuntu Nation Quermesse da Mary/Divulgação

Pegada solidária

"Eu sou porque nós somos" é a base da filosofia Ubuntu que chama a atenção para a interdependência entre os seres humanos. Ubuntu Nation é a marca de produtos da Fraternidade Sem Fronteiras, ONG que atua no Brasil e na África em regiões de extrema pobreza. O projeto é o convidado de Mary Arantes para o evento.

Para a Quermesse, exibe bolsas de praia, ecobags e nécessaires produzidas por Claudia Moura e Rogério Lima com capulanas, tecidos típicos africanos, trazidos do campo de refugiados da Dzaleka, em Malawi, na África, além de quimonos.

O dinheiro arrecadado com as vendas será destinado à manutenção de oficinas de costura instaladas no Malawi, Madagascar, Moçambique e Burundi. Através da costura, homens e mulheres em situação de vulnerabilidade encontram uma maneira de sobreviver e ter uma qualificação profissional.

À frente da Ubuntu Nation está a jornalista e articulista do caderno Feminino & Masculino do Estado de Minas, Patrícia Espírito Santo, coordenadora das oficinas de costura da Ubuntu Nation/Fraternidade Sem Fronteiras.

Doçuras e gostosuras

Na turma dos comes e bebes, de tudo um pouco no Jardim da Quermesse. Etiqueta de Miguel e Pedro Valente, a Amassa é a escolha certa para o almoço. A paixão dos irmãos pela cozinha é herança da mãe, mestra em preparações para o dia a dia e ocasiões especiais. Desde pequenos são identificados com o dote de trazer alegria pelo paladar. O encantamento se transformou em gosto e habilidades para cozinhar, especialmente a culinária italiana, ideal para atender à necessidade calórica dos dois atletas profissionais de natação. Depois da aposentadoria das piscinas, nasce a Amassa, primeiro com as lasanhas, e mais tarde ao lado de massas recheadas e outros pratos de fabricação artesanal e sabores únicos.

Amassa e Ayslla Defumaria
Amassa e Ayslla Defumaria Quermesse da Mary/Divulgação



Com a Ayslla Defumaria, Ayslla Oliveira viaja pelo mundo dos sabores por meio da defumação, técnica milenar do antigo Egito. Produz antepastos de forma artesanal, uma história que começou com a avó, Nina, que enchia a cozinha com aromas genuínos. Seus produtos são a união das artes plásticas, a primeira formação, com a gastronomia. No menu, caponata de berinjela defumada, antepasto de tomate defumado, truta defumada com amêndoa, pesto de manjericão crocante com amêndoas, antepasto de jiló com castanha de caju, antepasto de quiabo defumado, tomate e castanha de caju, figo turco com conhaque, avelã e mel, laranja desidratada com mel, e abacaxi e coco defumados, entre outros.

Os quitutes da Biscoito de Flor, de Bruna Borçari, são feitos com ingredientes selecionados. As flores comestíveis que utiliza são de cultivo próprio. As delícias amanteigadas unem beleza, sabor e delicadeza em cada detalhe. Para o Natal, o Biscoito de Flor chega com cheiro de casa cheia e os biscoitos trazem ainda mais encanto e sabor às festas.

Biscoitos de Flor e Biscoitos Real
Biscoitos de Flor e Biscoitos Real Quermesse da Mary/Divulgação



Também dedicada à produção de biscoitos artesanais, a Biscoitos Real acredita que os produtos são momentos especiais que tornam o cotidiano mais saboroso e memorável. O compromisso com a qualidade está na ordem do dia. Com mais de 40 anos no mercado, a paixão pela fabricação de biscoitos que atendam aos mais altos padrões de qualidade, e são amados por todas as idades, identifica a marca.

A Doçuras da Su nasce pela paixão de Su pelos doces, reforçada pela ligação das mulheres de sua família com a gastronomia. A confeitaria artesanal oferece bolos, doces, sobremesas e algumas quitandas. O carro-chefe, o pão de mel em diversos sabores, é feito cuidadosamente pela fundadora.

Vanessa Miarelli Doces é um projeto familiar que conta com apoio da mãe e irmãs da criadora, arquiteta que sempre foi a responsável pelos doces nos eventos da família. Cada uma coloca um pouquinho de amor no fogão para entregar doces deliciosos. Tudo é feito artesanalmente, com ingredientes de qualidade, carinho e cuidado, da panela a cada embalagem. Vanessa primeiro aprimorou sua versão de brigadeiro, depois passou a colecionar e testar infinitos preparos, até que ganhou de uma amiga a receita do caramelo. Caramelos perfeitos, com gostinho de infância.

Doçuras da Su e Vanessa Miarelli Doces
Doçuras da Su e Vanessa Miarelli Doces Quermesse da Mary/Divulgação



Em um mercado tradicionalmente dominado por marcas masculinas, está a Cafem, uma etiqueta de café criada e idealizada por mulheres, com o objetivo de dar visibilidade a pequenas produtoras e celebrar suas histórias a cada xícara.

Laura e Luiza são duas irmãs de uma família de produtores de café que, após um reencontro com as raízes familiares na Itália e a experiência de provar cafés em viagens pelo mundo, desejaram criar um café que refletisse sua essência: feminino, autêntico e transformador.

Entre os sabores dos cafés especiais, milka e chocoavelã, que podem ser incrementados com doce de leite e chantilly, como sugerem. Elas também oferecem kits personalizados e lembranças para casamentos, eventos, datas comemorativas e outras festividades.

Cafem e Dama de Empadas
Cafem e Dama de Empadas Quermesse da Mary/Divulgação



De Graziela e Flávia Ferreira, a Dama de Empadas traz para o encontro empadas artesanais, preparadas com ingredientes frescos e selecionados. Com os clássicos sabores com frango, camarão, carne seca, até combinações da mesa mineira, como a empada de queijo com goiabada, agrada todos os paladares. Também oferece quibes, para fritar e assados, entre opções vegetarianas e veganas. A paixão pela culinária e o compromisso com a qualidade são evidentes em cada empada.

André Gabrich é o padeiro por trás dos pães e folhados de fermentação natural produzidos semanalmente para a Dédé Pães Artesanais. Há sempre opções de pães clássicos e versáteis para qualquer tipo de acompanhamento, como o pão 100% integral ou a baguete e pães rústicos, enriquecidos com farinhas de centeio ou fubá de milho crioulo e harmonizados com recheios como castanhas, frutas secas, queijos e ervas frescas. Para os amantes de pão doce fofinho e amanteigado, tem o clássico brioche. Os folhados também estão entre as fornadas da semana. Do croissant e pain au chocolat ou folhados recheados, como o pain suisse e o croissant aux amandes, são muitas delícias.

Dedé Pães Artesanais e Zoraida Cozinha Milenar
Dedé Pães Artesanais e Zoraida Cozinha Milenar Quermesse da Mary/Divulgação



A Zoraida Cozinha Milenar, de Zoraida Ione Santos Monadjemi, surge na Quermesse com os gostos ancestrais unidos a sabores de ervas, especiarias, diferentes ingredientes e tudo que envolve o nutrir. Em uma relação de amor com a comida, Zoraida traz vivências do berço da civilização, com pratos persas, árabes e as raízes mineiras tribais e afrodescendentes. A riqueza da alquimia leva a uma experiência sensorial que alimenta corpo e alma.

A Mantiqueira Bela, de Jeane Possato e Rildo Machado, nasceu da alegria de cozinhar em família. O preparo cuidadoso se reflete desde a seleção dos ingredientes até a finalização, com altos padrões de qualidade. Entre os produtos, mais de dez tipos de antepastos sem glúten e conservantes químicos.

O sabor único é garantido pelos insumos comprados diretamente de pequenos produtores, azeite extravirgem e outras especiarias. No cardápio, chutneys de tomate com cardamomo, manga, jaca, abacaxi, queijos, relish de pepino, jiló ou beterraba, abobrinha italiana, alho com ervas, entre outros, com opções de kits para presentear. Tudo com as delícias dos terroirs mineiros.

Mantiqueira Bela e Dolce Frutteto
Mantiqueira Bela e Dolce Frutteto Quermesse da Mary/Divulgação



O nome Dolce Frutteto já diz tudo. Geleias de framboesa, amora, morango, manga, figo, sempre com uma surpresa na mistura. Pesto de manjericão, pimenta biquinho e outras delícias fazem festa para o paladar, com presença especial na Quermesse.

Devagar


Uma pausa. Um respiro. Um café coado na hora. Por aqui a pressa não tem vez, o sabor fala mais alto. Foccacia artesanal, queijo da casa e aquele carinho que só vem de quem faz com as próprias mãos. Com os queijos artesanais e outras maravilhas da roça da queijaria Fazenda Jurema, de Teófilo Otoni, o convite é para viver um instante bonito, com afeto e o melhor da fazenda, que segue pelos anos com produção familiar. A tábua de degustação da Jurema, por exemplo, é um chamado pra sentar, respirar e provar o tempo. Perfeita pra acompanhar um café ou, quem sabe, um vinhozinho ao cair da tarde.

Fazenda Jurema e PontoEko
Fazenda Jurema e PontoEko Quermesse da Mary/Divulgação



Dias quentes pedem frescor e vitalidade. E é exatamente isso que as kombuchas da Ponto Eko trazem para o dia a dia. Fermentadas com cuidado e feitas a partir de ingredientes naturais, elas unem refrescância e saúde, em um equilíbrio entre sabor e bem-estar. Além de gostosas, as kombuchas ajudam na digestão e fortalecem o intestino, trazendo uma sensação real de leveza e energia.

A PontoEko cultiva parte dos próprios ingredientes em Macacos e acredita que cada lata carrega propósito, cuidado e consciência. O motivo de existir é ser um ponto de encontro, de aprendizado e alegria. Cada etapa, da plantação ao envase, é feita com carinho, em volta de pessoas que acreditam em um estilo de vida mais pleno e consciente.

Expositores


Ana Pereira/ @analuzpereira45

Arado/@_arado

Asas da Terra/@asas_da_terra

Brotos/@brotosoficina

Bruna Flores/@brunaflors.marcenaria

Carlos Penna/ @carlospenna.design

Cátia Magalhães/ @catiamagalhaesjoalheira

Cerâmica Cerradão/ @ceramicacerradao

Coletivo Criando Asas/@criandoasas_coletivo

Copella/ @copellacessorios

Cria Pequena+Tulisse/ @criapequena  +  @tulisse

Daniel Santana/ Valley for Vale/@daniel_santana45

Estúdio Veste/ @estudioveste

Kadao/@kadao.joias

Lívia Canuto/ @liviacanuto

Luiza Rogi /@luiza_rogi

Maciço/ @oficinamacico

Mylittledoll/@maylitttedoll7

Obra Ipanema/ @obraipanema

Oli.o/ @_oli.o

Pandiprato/@pan.diprato

Perfetto Saboaria/@perffetosaboaria

Stela Carmona/ @stelacarmona_atelie

Tatu do barro/@tatudobarro

Toast/@toastoficial

Ubuntu Nation/@ubuntu.fsf

Valezero/@valezero_

 
Gastronomia
 

Amassa/@amassa.cozinha

Ayslla Defumaria/ @ayslladefumaria.bh

Biscoito de Flor/ @biscoitodeflorbh

Biscoitos Real/@biscoitosreal

Cafem/@cafembrasil

Dama de Empadas/ @damademepadas

Dédé Pães Artesanais/@dede.paes.artesanais

Doçuras da Su/ @docurasda_su

Dolce Frutteto/@dolcefrutteto

Fazenda Jurema/@juremafaz

PontoEko/@pontoeko

Mantiqueira Bela/@mantiqueirabela

Vanessa Miarelli Doces/@vanessamiarelli

Zoraida Cozinha Milenar/ @zoraidacozinhamilenar

 

Quermesse da Mary

 
Dias 12, 13 e 14 de dezembro

Sexta e sábado, de 10h às 19h

Domingo, de 10h às 17h

Rua Ivaí, 25, Serra

Tópicos relacionados:

arte artesanato design fim-de-ano gastronomia moda

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