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Pesquisadores encontram fungo que sobrevive em radiação e pode ser usado em missões espaciais

Gabriel Martins Por Gabriel Martins
18/06/2025
Em Curiosidades
Você sabia que a proteção mais promissora contra radiação não vem da tecnologia?

Imagem ilustrativa de fungo - Créditos: depositphotos.com / kasto

Em 1986, após o acidente nuclear de Chernobyl, cientistas identificaram organismos surpreendentes crescendo nas paredes do reator: fungos radiotróficos. Esses microrganismos chamaram a atenção da comunidade científica por sua habilidade única de utilizar radiação ionizante como fonte de energia, um fenômeno que lembra a fotossíntese, mas com radiação em vez de luz solar. Entre as espécies mais estudadas está o Cladosporium sphaerospermum, capaz de prosperar em ambientes altamente radioativos.

O interesse por esses fungos aumentou nos últimos anos, especialmente devido ao avanço das pesquisas sobre-exploração espacial. A radiação cósmica representa um dos maiores desafios para missões tripuladas de longa duração, e a busca por soluções inovadoras para proteção de astronautas e equipamentos se tornou prioridade. Nesse contexto, os fungos radiotróficos surgem como uma alternativa promissora para blindagem biológica e até mesmo para produção de recursos em ambientes extremos.

Como os fungos radiotróficos convertem radiação em energia?

O segredo por trás da capacidade dos fungos radiotróficos está na melanina, um pigmento escuro presente em suas células. Essa substância não apenas protege o fungo dos efeitos nocivos da radiação, mas também atua como catalisador em um processo chamado radiossíntese. Por meio desse mecanismo, a melanina absorve a energia da radiação ionizante e a converte em energia química, permitindo o crescimento e a multiplicação dos fungos mesmo em ambientes hostis. Pesquisas recentes apontam que a melanina nesses fungos passa por uma alteração estrutural quando exposta à radiação, tornando-se ainda mais eficiente nesse processo. Além disso, estudos genéticos sugerem que os genes ligados à síntese de melanina são altamente expressos em ambientes radioativos, destacando a importância deste pigmento para a sobrevivência dos fungos.

Esse processo é comparável à fotossíntese das plantas, porém, enquanto as plantas dependem da luz solar, os fungos radiotróficos utilizam a radiação gama. Estudos realizados em laboratórios e até mesmo na Estação Espacial Internacional demonstraram que esses organismos podem aumentar sua biomassa em presença de radiação, o que reforça o potencial de sua aplicação em situações onde a radiação é abundante.

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Imagem ilustrativa de fungo – Créditos: depositphotos.com / nikkytok

Quais são as possíveis aplicações dos fungos radiotróficos em missões espaciais?

A principal palavra-chave deste tema, fungos radiotróficos, está diretamente ligada a soluções inovadoras para a exploração do espaço. Entre as aplicações mais discutidas estão:

  • Blindagem biológica contra radiação: camadas de fungos radiotróficos podem ser utilizadas como escudos naturais em naves espaciais e habitats, reduzindo a exposição dos astronautas à radiação cósmica.
  • Produção de biomassa: a capacidade de crescer utilizando radiação pode transformar esses fungos em fonte de alimento ou matéria-prima para produção de outros compostos essenciais durante viagens prolongadas.
  • Remediação de resíduos radioativos: além do espaço, esses microrganismos podem ser empregados na limpeza de áreas contaminadas na Terra ou em futuras colônias fora do planeta.

Essas aplicações ainda estão em fase experimental, mas os resultados obtidos até 2025 indicam um potencial significativo para o uso desses organismos em ambientes extremos. Recentemente, pesquisadores também têm explorado a possibilidade de uso desses fungos na reciclagem de resíduos orgânicos dentro de habitats espaciais, promovendo um ciclo mais sustentável nos sistemas de suporte à vida.

Quais desafios precisam ser superados para o uso dos fungos radiotróficos no espaço?

Apesar do entusiasmo em torno dos fungos radiotróficos, existem obstáculos importantes a serem vencidos antes que sua utilização se torne realidade em missões espaciais. Entre os principais desafios estão:

  1. Otimização do crescimento: é necessário compreender como esses fungos se comportam em condições de microgravidade e radiação cósmica, ajustando fatores como temperatura, umidade e nutrientes.
  2. Integração com materiais espaciais: desenvolver métodos seguros e eficientes para incorporar os fungos em estruturas de naves e habitats, garantindo durabilidade e proteção contínua.
  3. Monitoramento de riscos: avaliar possíveis efeitos colaterais da presença desses organismos em ambientes fechados, como proliferação descontrolada ou impacto na saúde dos tripulantes.

Pesquisas em andamento buscam responder a essas questões, com experimentos realizados tanto em laboratórios terrestres quanto em estações espaciais. Além disso, avanços na engenharia genética podem ajudar a modificar esses fungos para que sejam ainda mais eficientes e seguros para uso em ambientes extraterrestres.

O futuro dos fungos radiotróficos na exploração espacial

À medida que a humanidade avança em direção à colonização de outros planetas, a busca por soluções autossustentáveis e inovadoras se intensifica. Os fungos radiotróficos representam uma alternativa biotecnológica que pode transformar a forma como a radiação é gerenciada no espaço. Além de proteção, esses organismos podem contribuir para a produção de recursos essenciais, tornando missões de longa duração mais viáveis.

O estudo desses fungos segue em expansão, e novas descobertas podem abrir caminhos para aplicações ainda mais amplas, tanto fora quanto dentro da Terra. O potencial de adaptação e resiliência desses microrganismos inspira cientistas a explorar possibilidades que, até pouco tempo atrás, pareciam restritas à ficção científica.

Tags: biotecnologiaespaçoFungos Radiotróficosradiação

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