Em 2026, novas regras alteram o trabalho no Brasil: jornada cai gradualmente de 44 para 36 horas, dois dias de descanso remunerado, proteção à saúde mental, fiscalização digital, decisões judiciais ampliadas e salário mínimo sobe para R$ 1.621.
O ano de 2026 marca uma virada no mercado de trabalho brasileiro, com regras que alteram descanso semanal, jornada, saúde mental e fiscalização digital. As mudanças prometem impacto direto na qualidade de vida, na proteção jurídica e na forma como empresas cumprem direitos.
Como a redução da jornada altera a rotina dos trabalhadores?
A aprovação da PEC 148/2015 sinaliza o fim gradual da jornada de 44 horas. O modelo propõe redução progressiva até 36 horas semanais, priorizando equilíbrio entre produtividade e qualidade de vida no cotidiano profissional.
Além da jornada menor, o texto garante dois dias de descanso remunerado por semana, preferencialmente aos fins de semana, sem permitir redução salarial. Pesquisas nacionais indicam amplo apoio social à adoção de jornadas mais curtas.
Confira a seguir mais informações compartilhadas pelo canal do YouTube Ricardo Azevedo | Advogado sobre as novas mudanças nas leis trabalhistas que aliviam para os trabalhadores.
Quais pontos centrais definem a nova jornada de trabalho?
A proposta estabelece regras claras para a transição, evitando impacto abrupto para empresas e empregados. O desenho foi pensado para adaptação gradual do mercado, como mostram os principais pontos a seguir.
- Redução progressiva: de 44 para 40 horas no primeiro ano, chegando a 36 horas.
- Descanso semanal: dois dias de folga remunerada por semana, preferencialmente sábado e domingo.
- Garantia salarial: proibição de qualquer redução de vencimentos.
Por que a saúde mental ganhou peso nas regras de 2026?
A atualização da NR-1 obriga empresas a incluir riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos. Estresse crônico, burnout, assédio moral e metas abusivas passam a ser tratados como riscos ocupacionais formais.
A medida responde ao forte aumento de afastamentos por transtornos mentais nos últimos anos. A partir de 2026, o descumprimento dessas exigências poderá gerar multas e sanções administrativas mais rigorosas.

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Como decisões judiciais e tecnologia reforçam os direitos?
Duas frentes se consolidam em 2026: maior autonomia do Judiciário e fiscalização digital em tempo real. Ambas ampliam a proteção do trabalhador e reduzem a margem para irregularidades, como mostram os pontos abaixo.
- Danos morais: indenizações deixam de ter teto rígido, permitindo valores proporcionais à gravidade.
- FGTS Digital: recolhimento via Pix com acompanhamento simplificado pelo trabalhador.
- eSocial: unificação de dados reduz erros e facilita a identificação de fraudes.
Qual o impacto econômico do novo salário mínimo em 2026?
O salário mínimo sobe de R$ 1.518 para R$ 1.621, representando reajuste nominal de 6,79% e ganho real acima da inflação. O valor influencia benefícios, aposentadorias e contratos atrelados ao piso.
O reajuste alcança milhões de brasileiros e deve movimentar bilhões na economia ao longo do ano, fortalecendo o consumo interno, a arrecadação pública e a dinâmica do mercado de trabalho.




