Muita gente já sentiu o corpo “pular” ou dar pequenos espasmos ao tentar dormir. Parece algo aleatório, mas ansiedade e estresse acumulados ao longo do dia estão ligados a esses movimentos involuntários, segundo estudos e relatos de especialistas em sono.
O que são os espasmos que surgem ao tentar dormir?
Os espasmos noturnos associados ao estresse são conhecidos como mioclonia ansiosa. Diferente dos reflexos comuns da transição entre vigília e sono, eles acontecem quando o cérebro permanece em estado de alerta elevado, mesmo com o corpo deitado.
Esse estado de hiperalerta mantém o sistema nervoso simpático ativo, provocando microdescargas elétricas nos neurônios motores. O resultado são solavancos, sacudidas ou sensação de queda justamente quando o organismo deveria relaxar, conforme descrito em estudos recentes.

Como ansiedade e estresse interferem no sistema nervoso?
Quando a mente está sob pressão constante, o corpo libera hormônios que dificultam o relaxamento. Cortisol e adrenalina deixam os músculos mais reativos e impedem o desligamento natural necessário para iniciar o sono profundo. Esse processo explica por que o corpo “reage” mesmo parado.
- Ativação prolongada: o sistema nervoso permanece em modo de defesa, mesmo sem perigo real
- Músculos hipersensíveis: a tensão acumulada facilita contrações involuntárias
- Dificuldade de transição: o cérebro demora mais para entrar no ritmo do sono
Como diferenciar espasmos normais dos ligados à ansiedade?
Espasmos fisiológicos comuns podem acontecer com qualquer pessoa e tendem a ser isolados. Já os ligados à ansiedade apresentam padrão repetitivo, surgem em várias noites seguidas e costumam atrasar o início do sono.
Além disso, esses episódios podem vir acompanhados de sinais como taquicardia, respiração acelerada e sensação persistente de alerta. Esses sintomas indicam que o corpo ainda reage como se estivesse em situação de estresse, comprometendo a qualidade do descanso.
Separamos um vídeo compartilhado pelo canal do TikTok psicologiaemcortes onde a psicóloga fala sobre a relação entre ansiedade e problemas na hora de dormir.
@psicologiaemcortes A Ansiedade prejudica severamente o nosso sono… 🤯🧠 #saudemental #viral #fyp #psicologia #mente #cerebro ♬ Last Hope – Steve Ralph
Leia mais: O que é ansiedade financeira e como ela afeta até suas decisões mais simples
Quando esses espasmos se tornam um sinal de alerta?
Os espasmos passam a ser preocupantes quando se tornam frequentes e interferem no descanso. A recorrência associada a ansiedade durante o dia ou dificuldade constante para dormir indica que o sistema nervoso está sobrecarregado e precisa de atenção.
- Frequência elevada: episódios quase diários por várias semanas
- Sintomas associados: ansiedade, irritabilidade, cansaço extremo ou tensão muscular
- Impacto funcional: prejuízo no sono e no desempenho durante o dia
O que ajuda a reduzir espasmos ligados ao estresse?
Instituições como o Instituto do Sono indicam que reduzir o estado de hiperalerta é essencial. Práticas simples de higiene do sono ajudam o corpo a entender que é hora de descansar, diminuindo a chance de espasmos involuntários.
Rotinas de relaxamento, redução de estímulos antes de dormir e atenção ao estresse acumulado ao longo do dia favorecem o desligamento natural do organismo. Quando necessário, buscar um especialista ajuda a tratar a causa, não apenas o sintoma.
Espasmos durante o sono podem ser um recado claro de que a mente carrega mais tensão do que o corpo consegue processar. Cuidar da saúde emocional não é luxo, mas um passo essencial para noites de sono verdadeiramente restauradoras.




