Estudos mostram que entre 78% e 90% das pessoas que perdem peso acabam recuperando em dois a cinco anos. A nutricionista Roberta Carbonari Muzy (CRN3 54892), com 1 milhão de seguidores, lembra que a obesidade não é uma fase temporária: é uma condição clínica complexa, que envolve fatores metabólicos, hormonais e comportamentais. Ela reforça que é essencial abandonar dietas relâmpago e buscar atenção contínua de profissionais da saúde.
Neste artigo, você vai entender por que a perda de peso isolada não resolve obesidade e como estabelecer um plano de acompanhamento eficaz e permanente.
Por que a obesidade é considerada doença crônica?
A obesidade envolve alterações metabólicas profundas: resistência à insulina, desregulação hormonal e inflamação. Esse conjunto de fatores não desaparece com perda de peso. Por isso, a manutenção pós-dieta é o maior desafio.
Enxergar o peso como consequência, não como causa, é o primeiro passo para tratar a obesidade com atenção integral e continuidade.
Qual é a importância do acompanhamento multidisciplinar?
Roberta destaca que, assim como diabetes ou hipertensão, a obesidade requer acompanhamento constante. Um time formado por nutricionista, médico e psicólogo ajuda a monitorar:
- Educação alimentar e adaptação de refeições
- Avaliação contínua de sinais metabólicos e hormonais
- Suporte emocional e motivacional para evitar recaídas
Somente assim é possível criar hábitos saudáveis para o longo prazo.
Por que as dietas temporárias falham a longo prazo?
Dietas restritivas, muito usadas em desafios, não ensinam o corpo e a mente a lidar com a obesidade de forma sustentável. Quando a pessoa atinge o peso desejado e encerra o acompanhamento, os sinais biológicos de fome e adaptabilidade retornam — e geralmente mais fortes.

É a chamada “recompensa metabólica” — o corpo reagindo para recuperar a energia perdida — e só é controlado com manutenção estruturada e suporte profissional.
Como buscar um tratamento eficaz em obesidade?
A recomendação é começar com uma avaliação multidimensional:
- Médico: para diagnóstico clínico, exames e possíveis medicações
- Nutricionista: para criar um plano alimentar adaptado à sua rotina
- Psicólogo: para lidar com emoções, gatilhos e desafios da mudança
Esse tripé permite entender o cenário global da obesidade e agir de forma contínua.
Quando entender que o acompanhamento precisa voltar?
Muitas pessoas desistem após perder peso, mas enfrentam o reganho em médio prazo. Se você voltou a ganhar peso e sente vontade de abandonar o cuidado, é hora de reconectar com o tratamento.
Reincorporar o suporte, mesmo depois de tempo parado, traz estabilidade e reduz o risco de recaídas. A abordagem crônica cumpre o papel de proteger a saúde de forma duradoura.
Fontes confiáveis utilizadas neste conteúdo
Este artigo segue orientações atualizadas e embasadas em evidências:
- Ministério da Saúde – www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – www.who.int
- PubMed – www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed