Grupo é preso em SP em operação contra fraudes bancárias bilionárias
Golpe teria movimentado R$ 6,8 bilhões em dois anos; prejuízo direto a clientes é estimado em R$ 20 milhões
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de São Paulo faz operação na manhã desta terça-feira (9/12) contra uma organização criminosa suspeita de fraude bancária e lavagem de dinheiro. A investigação começou em janeiro e aponta para um esquema que teria movimentado R$ 6,8 bilhões em fraudes ao longo de dois anos.
O prejuízo direto a clientes é estimado em R$ 20 milhões. Uma empresa de gestão de recebíveis sofreu sozinha perda de R$ 19,2 milhões após ter credenciais válidas utilizadas de forma indevida, segundo a investigação.
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São cumpridos 12 mandados de busca e 12 de prisão temporária na capital paulista e nas cidades de Campinas e Hortolândia, no interior de São Paulo. Até o momento, oito suspeitos foram presos.
Segundo a DCCiber (divisão de crimes cibernéticos) do Deic, responsável pela investigação, o grupo acessava credenciais de clientes e empresas para fazer transferências indevidas. As fraudes atingiam tanto correntistas quanto companhias que operam "maquininhas" de cartão.
As investigações indicam que o dinheiro desviado era direcionado a pelo menos duas empresas criadas para receber os valores. Uma delas, considerada o principal braço financeiro do grupo e cujos proprietários foram alvos da operação, teria movimentado R$ 6,8 bilhões em 24 meses.
A estrutura criminosa incluía ainda um escritório de contabilidade localizado no bairro de Santo Amaro (zona sul de São Paulo), apontado como responsável por abrir as empresas usadas para circular os recursos.
Os detidos devem responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro. A ação é um desdobramento de uma etapa realizada em julho, quando três pessoas identificadas como "laranjas" foram presas por atuar em nome dos beneficiários do esquema.
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As investigações continuam para rastrear a rede de empresas e pessoas que, segundo a polícia, sustentavam o esquema de desvios e fraudes contra o sistema bancário e o setor de meios de pagamento.