Pesquisa realizada pelo Mercado Mineiro apontou como o preço de materiais recicláveis está desvalorizado na Grande BH -  (crédito: Leandro Couri/EM/DA Press)

Pesquisa realizada pelo Mercado Mineiro apontou como o preço de materiais recicláveis está desvalorizado na Grande BH

crédito: Leandro Couri/EM/DA Press

Um levantamento realizado pelo site de pesquisa de preços Mercado Mineiro mostra como o preço de materiais recicláveis está desvalorizado. A pesquisa foi feita entre os dias 29 de fevereiro e 1 de março de 2024, em 21 estabelecimentos de reciclagem da Região Metropolitana de Belo Horizonte

Com a redução nos preços de venda, fica mais difícil para os catadores de recicláveis chegar ao salário mínimo, atualmente em R$ 1.412. Isso porque, de acordo com a pesquisa, para alcançar o salário mínimo, o catador precisa recolher cerca de 259 kg de latinhas ou 19.440 unidades, que custam, em média, R$5,45 cada.

A situação piora quando se trata de outros materiais. No caso da garrafa PET, é necessário catar 1.155 kg para ter um salário mínimo, sendo que o preço médio do quilo da garrafa PET é de R$1,22. Para viver da coleta de papelão, o cidadão tem que recolher em média 8.199 kg para ganhar um salário mínimo.

Comparado aos preços pagos em março de 2023, o quilo de materiais como latinha de alumínio, papel branco, garrafa pet, papelão e jornal está desvalorizado. As variações de papel são as que mais tiveram queda no preço. O quilo do jornal, antes de R$0,83, caiu para R$0,17, uma redução de -79%. O papel branco e o papelão tiveram queda de -78%.

Em seguida, o quilo da garrafa pet vazia que custava em média R$2,18 no ano passado, caiu para R$1,22, totalizando uma redução de - 44%. Já o preço do quilo da latinha de alumínio caiu 15% pelo preço médio, onde valia em média R$6,43 em 2024 e hoje vale R$5,45.

A pesquisa mostra, ainda, uma variação de até 150% nos materiais citados anteriormente. O quilo do papel branco pode ser vendido por R$0,10 até R$0,25 com uma diferença de 150%, enquanto o quilo do jornal e do papelão pode ser vendido por R$ 0,10 até R$ 0,20, uma diferença de 100%.

O quilo da garrafa PET vazia pode custar de R$1,00 até R$1,50, com uma variação de 50%. A latinha e o lacre de alumínio, materiais mais vantajosos de serem vendidos, podem custar de R$ 4,50 até R$ 6,20, uma variação de 37%.