Prêmios Butterfly homenageou personalidades de Minas e do Brasil -  (crédito: Queer Festival/Divulgação)

Prêmios Butterfly homenageou personalidades de Minas e do Brasil

crédito: Queer Festival/Divulgação

A segunda edição do "Queer Festival" foi encerrada no último domingo (3/12), em Belo Horizonte, com a cerimônia dos Prêmios Butterfly. Com programação cultural entre o final de novembro e o início de dezembro, diversos nomes importantes da cena LGBTQIAPN+ e da política brasileira foram homenageados e estiveram presentes nesse evento que busca promover a diversidade e o respeito.

 

No cronograma do festival, uma mostra de filmes, três peças de teatro, uma exposição de fotografia e uma festa preencheram Belo Horizonte com arte LGBTQIAPN+ e diversão. Com a proposta de sair do eixo Rio-São Paulo, o idealizador do evento, Ricky Terezi, conta que prezou muito pela representatividade ao pensar no Queer Festival e nos Prêmios Butterfly.

 

 

“Minas Gerais também é potência. O evento acontece em Belo Horizonte porque é mais fácil de acessar que o interior, mas também temos o compromisso em evidenciar as cidades mais distantes da capital”, conta ele.

 

“O Queer Festival parece um evento de bolha [LGBTQIAPN+], mas não é”, explica Ricky, que confessou ter “medo” de bolhas. “É comum ver a comunidade LGBTQIAPN+ falar que quer inclusão, mas acabar não sendo inclusiva. Por isso, nos Prêmios Butterfly, quisemos homenagear pessoas que também não são LGBT, mas que são influentes e colaboram com as nossas pautas. Dificilmente vai aparecer alguém que não se sinta representado”, complementa ele.

 

Para Terezi, a proposta do evento também é mesclar personalidades conhecidas e consolidadas em suas áreas com aquelas que estão começando e ainda têm pouca visibilidade. “Queremos criar um networking, conectar quem pode dar oportunidade a quem precisa, valorizando o trabalho de todos”, declara.

 

 
 
 
Ver essa foto no Instagram
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Queer Festival (@queer_festival)

Os Prêmios Butterfly

O evento de premiação aconteceu na Boate Gis e, além da cerimônia, contou com um coquetel. Quase sem patrocinadores, contou com o apoio de empresas, entidades e personalidades que afirmam ter compromisso com as pautas LGBTQIAPN+, o que deu origem à categoria de “Padrinhos e Madrinhas do Queer Festival 2023”.

 

Ricky conta que, na primeira edição, bancou sozinho o evento a partir das próprias economias. Logo em seguida, lançou um livro sobre como foi a experiência de ter organizado, segundo ele, a primeira premiação LGBT+ da América Latina que tem a proposta de também ser um evento de gala.

 

“Precisava deixar isso registrado, porque mesmo sem apoio, conseguimos realizar um evento lindo, e queremos melhorar a cada edição”, conta.


A estatueta do Prêmio foi feita por um artista plástico de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. “O conceito de trazer um animal é inspirado em prêmios internacionais, como o Urso de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Berlim, ou o Leão de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Veneza. E a Borboleta tem sua simbologia que representa bem a vida de uma pessoa LGBT: nasce lagarta e se transforma, ou seja, a pessoa nasce sem saber o que é e vai se transformando e se colorindo ao longo da vida”, explica o idealizador.

 

A premiação contou com diversas categorias eleitas por voto popular, além de homenageados pelo próprio evento.

 

“O Queer Festival também não é só para mineiros, por isso procuramos homenagear pessoas que não são de Minas Gerais, mesmo que elas não pudessem estar presentes na premiação”, afirma Ricky.

 

Confira a lista de homenageados e premiados:

Homenageados:
Silvetty Montilla
Pod é Pop - apresentado por Enrique Martinez e Everton Franzoi
André Almada
Tiago Liberato/Ikaro Kadoshi
Pedro Rousseff
Célia Xakriabá
Fuad Noman
Silvio de Almeida
Mundo G TV
Centro Universitário UNA-BH
Janaina Gonzaga
In Par Cerimonial
Ítalo Soares
Tadeu Martins Leite
DJ Dani Brazil
Leão Lobo
Symmy Larrat
Allan Natal

Padrinhos e Madrinhas:
Ramon Peres
Priscilla Gomes
Dra. Fernanda Rabelo
Eduardo Oliveira
Simone Santos
Bob Marcelino
Vitor Costa
Ibeji

Voto popular:
Melhor Bar/Boate LGBT (Interior de MG): Bardot (Divinópolis)
Melhor Drag (Interior de MG): Fabíola Vouguel (Montes Claros)
Melhor Empreendedor LGBT (Interior de MG): Ciro Bandeira (Montes Claros)
Melhor Festa LGBT (Interior de MG): Halloween da Duke Haus (Montes Claros)
Melhor Evento LGBT (Interior de MG): 9ª Parada do Orgulho LGBT+ de Nova Serrana
Melhor Ativista LGBT (Interior de MG): Liz Maria (Cláudio)
Melhor na Música LGBT (Interior de MG): Jade Philip (Montes Claros)
Melhor DJ LGBT (Interior de MG): Rapha DJ (Divinópolis)
Melhor Influencer LGBT (Interior de MG): Scaarllety Bluush (Divinópolis)
Melhor Point LGBT de BH: Gis Mais
Melhor Drag de BH: Pérola Negra
Melhor Empreendedor LGBT de BH: Ed Luiz
Melhor Festa LGBT de BH: Absurda
Melhor Evento LGBT de BH: 24ª Parada do Orgulho LGBT+ de BH
Melhor na Saúde LGBT: Dr. Eduardo Fernandes
Melhor Ativista LGBT de BH: Família Positiva
Melhor na Música LGBT de BH: Alana Fox
Melhor Influencer LGBT de BH: Thiago Lourenço
Melhor Espetáculo LGBT de BH: Chronus o Espetáculo Drag